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10/07/2009

Qualidade de vida para pacientes chagásicos

Pâmela Pinto


No Simpósio Internacional do Centenário da Descoberta da Doença de Chagas, a experiência de pesquisadores da Universidade de Pernambuco relatou a necessidade de complementar o tratamento de pacientes chagásicos com terapias não farmacológicas que englobam modificação no estilo de vida - abandono do tabagismo, atividade física e sexual, uso de álcool e atividade laborativa. O trabalho foi apresentado por Wilson de Oliveira, coordenador do Ambulatório de doença de Chagas e Insuficiência Cardíaca do Hospital Universitário Oswaldo Cruz.

 

De acordo com Wilson, a educação do portador de uma doença crônica ajuda na aceitação do tratamento e pode facilitar na proposta de mudança do estilo de vida. “A falta de conhecimento sobre a doença tem sido um dos fatores de baixa adesão à terapêutica, sendo esse o grande desafio dos serviços que atendem o paciente chagásico. Quando o paciente deixa de ser passivo e tem papel ativo no processo terapêutico, o resultado é maior”, reforça o pesquisador.

 

Os pacientes com comprometimento cardíaco mais grave podem sofrer de outras intervenções tais como: implante de marcapasso, cardiodesfibrilador e transplante cardíaco. O especialista ressalta que estes pacientes com frequência apresentam outras doenças associadas, como diabetes, depressão, hipertensão arterial, anemia e insuficiência renal, que também devem ser diagnosticadas e tratadas. A abordagem multiprofissional (médico, psicólogos, nutricionistas, entre outros) no atendimento dos chagásicos espera dar mais qualidade de vida aos pacientes, além de diminuir os estigmas que a doença desperta, conclui Wilson.


Publicado em 10/7/2009.

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