03/06/2020
No dia 5 de junho é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente. E o sentimento que parece acometer as pessoas, nesse momento, é que a pandemia do novo coronavírus trouxe uma trégua ao meio ambiente com o isolamento social nos últimos três meses. Trégua, sim, mas a solução pode ainda estar longe de acontecer.
Imagens circulam pelo WhatsApp e aparecem na televisão, mostrando locais específicos, antes da pandemia muito poluídos, completamente limpos, transparentes, trazendo a sensação de que a fauna e a flora se restabeleceram e não estão mais sob ameaça. As ruas estão menos sujas, pela diminuição da circulação de pessoas e o ar menos poluído com a redução do número de carros. Essa é uma realidade mesmo, talvez não em todos os lugares, mas a grande questão é se essa fase pontual resolve a complexidade da relação humana com o que está a sua volta. Experiências anteriores demonstram que, passada a crise, velhos hábitos são retomados.
Além disso, situações como maior produção de lixo, principalmente hospitalar, maior consumo de energia e de água, com as pessoas mais tempo em casa e menos destaque dos noticiários aos assuntos ambientais, como aquecimento global, desmatamento, queimadas são alguns exemplos de contrapontos aos benefícios percebidos no período de quarentena.
O debate do Sala de Convidados do Canal Saúde vai levantar as principais reflexões acerca do tema. Será nesta quinta-feira (4/6), às 11h, ao vivo e a distância, com a participação da pesquisadora titular da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Marcia Chame; do porta-voz do Greenpeace Brasil, Rômulo Batista; e da diretora de Ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Ane Alencar. Envie perguntas e comentários antecipados ou no próprio dia, durante o programa.
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