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07/03/2016

Radis discute auditoria cidadã da dívida pública brasileira

Informe Ensp


Já está disponível on-line a edição de março da Revista Radis. A reportagem de capa e o editorial tratam do tema da dívida pública brasileira que, segundo as fontes ouvidas pela revista, consume grande parte do orçamento de nosso país, fazendo minguar os recursos da saúde, da educação, entre outros setores. Rogério Lannes, editor-chefe da revista e coordenador do programa Radis, lembra, no editorial, que não se trata de advogar pelo calote da dívida, mas sim por uma auditoria que conte com a participação da população, prevista desde a constituição de 1988. A auditoria seria uma forma de garantir que pagamentos e renegociações da dívida não sejam meros instrumentos de transferência de recursos públicos para o setor financeiro, em uma espécie de bola de neve que se retroalimenta.

A reportagem Entre a autonomia e a privatização trata da publicação do novo Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação. O documento, publicado em Diário Oficial no dia 12 de janeiro, traz novas regras que, em tese, buscam desburocratizar e flexibilizar a relação das instituições de pesquisa, tecnologia e inovação com suas entidades de apoio. Há, entretanto, vozes dissonantes que veem no novo marco a possibilidade aumento da promiscuidade entre o público e o privado e uma consequente perda de autonomia das pesquisas.

“Alguns dos grandes problemas contemporâneos que estamos vivendo decorrem desta superposição dos interesses do mercado aos interesses do bem comum. Problemas relacionados ao meio ambiente, ao direito à terra, à água, o direito aos direitos, estão incluídos neste conflito de interesses”, disse à Radis Paulo Amarante, pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz).

O silêncio ensurdecedor do aborto é o título de uma reportagem que trata desse que é considerado um tema tabu para grande parte da sociedade brasileira. O aborto, quinta causa de mortalidade materna no Brasil, é extremamente subnotificado em nosso país. O Ministério da Saúde registrou 1439 casos de aborto em 2015, mas segundo a OMS, esse número chega a um milhão. Por lei, o aborto é permitido apenas em casos de estupro, risco de vida para a mãe ou feto anencéfalo. A reportagem expõe essa contradição entre lei e prática e lembra os novos rumos que a discussão ganhou partir da epidemia de microcefalia relacionada ao vírus zika.

A epidemia que vem preocupando a sociedade brasileira é tema também de uma campanha da nova edição de Radis contra as informações equivocadas ou mentirosas que vem sendo divulgadas, sobretudo nas redes sociais. Boato é contagiante e faz mal à saúde, diz um banner da revista, que adverte o leitor quanto à necessidade de se checar a confiabilidade das fontes de informação. Na mesma direção, a edição 162 de Radis traz ainda uma seção chamada Verdade ou boato, em que esclarece dúvidas e corrige informações equivocadas sobre vírus zika e microcefalia.

Leia a revista na íntegra.

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