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Tragédia da Mineração

Confira a cobertura do seminário O Desastre da Samarco: balanço de seis meses de impactos e ações, que ocorreu em 5 e 6 de maio em Mariana (Minas Gerais):

Primeiro dia do evento (5/5): 
Desastre da Samarco: seminário destaca estragos e novos riscos 

Segundo dia do evento (6/5):
Segundo dia de evento discute lições do desastre da Samarco

Confira também galeria de fotos especial

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A onda avermelhada de rejeito de minério que irrompeu da barragem da Samarco Mineração S.A., no dia 5 de novembro de 2015, provocou um rastro de destruição com consequências ainda desconhecidas para os seres humanos, os animais e o meio ambiente da região. Além de arrasar o município de Mariana (MG), os dejetos contaminaram a bacia hidrográfica do rio Doce, que abastece centenas de cidades em Minas Gerais e Espírito Santo, ameaçando chegar até a Bahia. Diante do cenário de terra arrasada, especialistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e de outros centros de pesquisa investigam o real impacto do maior desastre socioambiental da história do país sobre a saúde pública brasileira. Como exemplo desta articulação, está a negociação de um termo de cooperação entre a Fiocruz e o Instituto Federal do Espírito Santo (IFES), para o desenvolvimento de estudos epidemiológicos na região.

Foto: Fernanda Menezes (Fiocruz Minas)

A magnitude da tragédia fez com que a Plenária Extraordinária do VII Congresso Interno da Fiocruz manifestasse, ainda em novembro, seu repúdio ao descaso, à ineficiência e à incompetência da Samarco, empresa da Vale e da anglo-australiana BHP Billiton. Em fevereiro deste ano, a Fiocruz e outras 20 instituições do país também assinaram manifesto em apoio às populações vítimas do desastre ocorrido em Mariana (MG). Apesar do aumento da pressão sobre a Samarco, o primeiro Plano de Recuperação Ambiental da região só foi entregue em 18 de janeiro. Como faltaram complementações, uma segunda versão do documento foi entregue em 17 de fevereiro. No dia 23 do mesmo mês, a Polícia Civil indiciou e pediu a prisão preventiva de sete pessoas pelo rompimento da barragem de Fundão.

Enquanto as autoridades tratam de responsabilizar civil e criminalmente os responsáveis pelo desastre em Minas Gerais, ambientalistas apontam que os danos ao ecossistema da região podem durar até 100 anos. Além dos prováveis efeitos na saúde pública, como o aumento de doenças causadas pelo uso de água inadequada para consumo e até mesmo o aumento das viroses transmitidas pelo Aedes aegypti, especialistas também chamam a atenção para o impacto da tragédia sobre as comunidades que dependiam dos rios para realizar atividades como pesca, agricultura e pecuária. Da tragédia em Mariana, afirmam os estudiosos, podem vir tanto o aumento de alergias e doenças pulmonares quanto problemas psicológicos decorrentes de traumas vividos pelas vítimas e suas famílias. 

César Guerra ChevrandRenata Moehlecke
Agência Fiocruz de Notícias (AFN)

26/02/2016.

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Evento de balanço após 6 meses

Fiocruz e instituições parceiras promovem o seminário 'O Desastre da Samarco: balanço de seis meses de impactos e ações' nos dias 5 e 6 de maio. Evento ocorre em Mariana, município mais afetado pelo rompimento da barragem

Entrevista: risco de novos desastres

Especialista alerta para risco em barragens

Entrevista: vítimas

Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais, presentes no seminário, falam sobre a situação das vítimas e o tratamento que vem sendo dispensado a elas

Entenda o contexto da tragédia

Rompimento da barragem foi considerado o maior desastre socioambiental da história brasileira. Onda de dejetos deixou mais de 700 famílias desabrigadas, 17 mortos e dois desaparecidos

Ações da Fiocruz

Por meio do Centro de Pesquisa René Rachou (CPqRR/Fiocruz Minas), a Fundação Oswaldo Cruz tem articulado ações estratégicas com profissionais de outras instituições para discutir formas de atuação nas regiões afetadas pela tragédia em Minas Gerais

Manifestos oficiais

Plenária Extraordinária do VII Congresso Interno da Fiocruz manifesta apoio às populações vítimas da tragédia ocorrida em Mariana. Fundação e mais 20 instituições brasileiras assinam manifesto sobre o projeto de reconstrução para a “nova Bento Rodrigues”

Análise do acordo

Especialistas analisam acordo firmado entre governos e a Samarco

Caravana Territorial da Bacia do Rio Doce

Entidades visitam comunidades atingidas

O problema da água

Pesquisador fala sobre meio ambiente e saúde

Informe Ensp

Em entrevista, o pesquisador do Centro de Estudos em Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh) da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), Marcelo Firpo, fala sobre os custos da tragédia

Revista Poli

Edição de janeiro e fevereiro da revista traz o tema da tragédia como matéria de capa

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