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13/07/2007

Reunião de Rede Pan-Amazônica em Belém tem representantes de oito países


A estruturação de uma rede em ciência, tecnologia e inovação em saúde foi o principal tema do 2º Encontro Pró-Rede Pan-Amazônica, que reuniu autoridades de oito países da região, entre 9 e 11 de julho, em Belém. Um dos objetivos do encontro foi a elaboração de um plano comum de trabalho e pactuar um modelo de gestão da Rede, que é integrada por Brasil, Bolívia, Peru, Venezuela, Equador, Suriname, Colômbia e Guiana. Promover ações articuladas para o desenvolvimento da região, a produção e difusão do saber científico voltado para a realidade local, técnicas e metodologias capazes de integrar pesquisa básica e aplicada, ensino e tecnologia são propósitos da rede. São três os projetos estabelecidos: o Programa Avançado em Qualificação em Gestão de Saúde Global, a Rede de Malária e a Rede de Inovação da Biodiversidade da Amazônia.


 Moradores de Iauaretê, no Amazonas, navegam pelo Rio Waupés (Foto: Leandro Giatti)

Moradores de Iauaretê, no Amazonas, navegam pelo Rio Waupés (Foto: Leandro Giatti)


O projeto Rede de Malária atua na região de tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru. É um projeto demonstrativo de abordagem ecossistêmica e inter-setorial para o enfrentamento de problemas de saúde e ambiente. A Amazônia concentra 90% dos casos de malária das Américas. Já a Rede de Inovação tem por objetivo aprimorar o conhecimento sobre a biodiversidade da Amazônia, apresentando um modelo de gestão estratégica que possibilite o desenvolvimento, em rede, de inovações e produtos, principalmente fitoterápicos e fitofármacos, oriundos do bioma amazônico.


O Programa Avançado de Qualificação em Gestão da Saúde Global visa fortalecer as gestões locais e regionais da saúde para acompanhar os desafios internacionais decorrentes da globalização. Os desafios do programa são: promover a aproximação com os problemas reais ou potenciais da população; identificar temas prioritários para pesquisa científica; sistematizar ensino e capacitação de pessoal; incorporar novos conhecimentos e tecnologias aos sistemas de saúde; contribuir para a redução das assimetrias entre os países no que concerne à ciência, tecnologia e inovação em saúde; refletir sobre patentes e produção multinacional de medicamentos e insumos, e lidar com a transnacionalização dos riscos de doenças e agravos à saúde.


O programa estabelece um processo de qualificação permanente de pessoal para o Brasil e para outros países, por meio da realização de cursos de aperfeiçoamento, especialização e de mestrado profissionalizante na Fiocruz, com a cooperação de diversas instituições parceiras, articuladas no formato de redes de colaboração.


Participam do encontro representantes dos ministérios de Saúde dos seis países integrantes da Rede Pan-Amazônica, da Organização Pan-Americana de Saúde, da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica, do Mercosul, do Organismo Andino de Saúde, da Unamaz, da Fundação Oswaldo Cruz, do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, da Eletrobrás, e de governos estaduais e municipais.

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