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03/01/2020

Revista mapeia a implantação da reforma do Ensino Médio

Talita Rodrigues (EPSJV/Fiocruz)


Para esta primeira edição do ano, a revista Poli, publicada pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), entrevistou gestores estaduais das cinco regiões brasileiras, especialistas e representantes dos movimentos sindical e estudantil para saber como anda a implantação do Novo Ensino Médio, que de acordo com a Lei 13.415/2017 deveria começar em 2020. Descrevendo experiências distintas, a reportagem mostra como a falta de regulação e a dificuldade orçamentária têm sido os principais obstáculos para a implementação da reforma. Presente no texto da mesma reforma e de vários outros programas e políticas públicas, a ideia de "empreendedorismo", relacionado principalmente ao campo da educação, é o verbete da seção Dicionário.

Este número da Poli inaugura uma série sobre a história da educação profissional no Brasil. Além de explicar o que significa esse segmento que forma auxiliares, agentes e técnicos, a primeira reportagem conta como nasceu a primeira política nacional na área, com a criação das Escolas de Aprendizes e Artífices, que começaram a funcionar em 1910 e são consideradas a origem da atual Rede de Educação Profissional e Tecnológica, composta principalmente pelos Institutos Federais.

Para ajudar a compreender as manifestações que tomaram conta das ruas do Chile nos últimos meses, a edição traz uma reportagem que explica como funcionam os sistemas de saúde, educação e previdência no país sul-americano, que foi o laboratório das políticas neoliberais na América Latina. O texto apresenta, com dados e relatos, o endividamento dos estudantes de ensino superior, o empobrecimento dos aposentados e a seletividade e o custo da assistência para quem precisa de serviço de saúde num país em que as políticas sociais foram fortemente privatizadas.

A lógica não só privada como lucrativa da política de medicamentos no Brasil e no mundo é tema de outra reportagem, que fala sobre uma ação inédita em que várias instituições, entre elas a Defensoria Pública da União, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e a Médicos Sem Fronteiras, pedem a quebra de patente de um medicamento junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Trata-se do Sofosbuvir, fundamental para o tratamento da hepatite C. O Ministério da Saúde calcula que existam cerca de 700 mil pessoas infectadas sem tratamento, em grande medida por causa dos altos preços praticados pela indústria farmacêutica.

O entrevistado da edição é o pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Carlos Ocké, que faz um balanço sobre as muitas mudanças que ocorreram na saúde pública brasileira ao longo de 2019 e começam a ser implementadas em 2020, com destaque para a controversa criação da Agência para o Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde (Adaps). Ele aborda também os novos riscos ao financiamento do SUS, com a PEC do Pacto Federativo.

A versão online da Poli pode ser acessada no site da EPSJV. O link para o PDF da revista está aqui.

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