Início do conteúdo

11/06/2010

Seminário propõe debate entre gestores com foco em melhorias na aplicação de projetos sociais

Renata Moehlecke


Debater a possibilidade de obtenção de melhorias nos processos de metodologia, monitoramento e avaliação de projetos sociais: esse era o objetivo do seminário Iniciativas sociais e impactos na qualidade de vida de jovens em situação de vulnerabilidade social, realizado na Fiocruz. O evento – uma iniciativa da Cooperação Social da Presidência da Fiocruz e da Cooperação Social da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) em parceria com a Vice-Presidência de Ensino, Informação, Comunicação da Fiocruz – contou com a participação de representantes da ONG norte-americana Institutos Americanos para Pesquisa (AIR).


 O pesquisador David Osher, vice-presidente da área de Educação e Desenvolvimento Humano da AIR<BR><br />
(Foto: Virginia Damas)

O pesquisador David Osher, vice-presidente da área de Educação e Desenvolvimento Humano da AIR

(Foto: Virginia Damas)


“Convidamos cerca de 30 coordenadores de projetos sociais, gestores ou pesquisadores para assistir as palestras e participar das mesas-redondas propostas”, comenta o coordenador da Cooperação Social da Presidência da Fiocruz, José Leonídio Santos. “Esperamos que essa jornada de trabalho contribua para a ampliação do diálogo com outras instituições, elevando a troca de experiências e auxiliando a disseminação da informação numa conjugação de esforços entre entes públicos e privados, a fim de auxiliar ainda mais a redução das inequidades encontradas entre os jovens de populações carentes”.


Para efetivar os debates, o evento contou com duas mesas-redondas. A primeira, no turno da manhã, tinha os seguintes temas: Porque o aprendizado sócio-emocional é importante para a responsabilidade cidadã e o desenvolvimento da juventude? e Avaliação do desempenho de estudantes e pesquisa de validação. Quem conduziu as palestras foi o pesquisador David Osher, vice-presidente da área de Educação e Desenvolvimento Humano da AIR.


Uma das principais questões abordadas por Osher foi a necessidade de desenvolver as habilidades emocionais de jovens em situações de vulnerabilidade, para que estes se tornem adultos que realizam decisões com calma e de forma correta. “Cerca de 70% dos jovens, quando estão com raiva, não param para refletir antes de realizar qualquer ação”, destaca o pesquisador. Ele explica que os jovens carentes não conseguem distinguir diferentes emoções e, muitas vezes, devido a maus tratos, não sabem lidar com os sentimentos do próximo. “É preciso que eles realizem uma autoregulação para que aumentem seu senso de autoconfiança e se comportem de maneira adequada”.  


Na parte da tarde, Osher e a palestrante Télkia Rios, psicóloga e especialista em educação, além de responsável pelo desenho e implementação de programas sociais da AIR, conduziram os debates da segunda mesa-redonda. As temáticas eram: Comunidades mais seguras e melhor qualidade de vida – estratégias e alternativas contra a violência e Empregabilidade: estratégias de inserção socioeconômica. “Pretende-se que esse seminário seja apenas o começo de uma série de parcerias que a Fiocruz pode desenvolver com outras instituições para a melhoria da aplicação de diversos projetos sociais”, comenta José Leonídio Santos.


Publicado em 11/6/2010.

Voltar ao topo Voltar