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15/03/2023

Seminário apresenta resultados de projetos em comunicação comunitária em saúde

Fernanda Marques (Fiocruz Brasília)


Quinze iniciativas de comunicação popular e comunitária em saúde de todo o Brasil serão apresentadas no seminário A Pandemia e o Território: resultados dos projetos, que será realizado em formato virtual, no próximo dia 16 de março, com transmissão ao vivo pelo canal da Fiocruz Brasília no YouTube. Os projetos em tela foram selecionados em uma chamada pública promovida entre setembro e outubro do ano passado pela Fiocruz em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), com financiamento do governo do Canadá – foram destinados R$ 45 mil para cada projeto. As propostas contempladas pela chamada – três de cada região do país – vêm sendo desenvolvidas por organizações da sociedade civil com o objetivo de reforçar a capacidade de resposta dos territórios frente às crises sanitárias e suas consequências sociais, a partir da estruturação e consolidação de estratégias de comunicação em saúde. Dentre as iniciativas, destacam-se a atuação de rádios comunitárias, a formação de multiplicadores e planos de ação nas mídias sociais, entre outras que serão apresentadas no seminário, que ocorre das 9h às 17h. 

O objetivo do evento é não só divulgar os resultados alcançados pelas organizações, como também fomentar o debate sobre as diferentes estratégias e metodologias utilizadas para atingir e mobilizar as comunidades na promoção da saúde. “A expectativa é que essas experiências possam ser levadas para outros territórios, estimulando novas iniciativas no campo da comunicação comunitária em saúde e fortalecendo a participação social, que é um dos princípios do SUS”, explica o jornalista Wagner Vasconcelos, coordenador da Assessoria de Comunicação (Ascom) da Fiocruz Brasília, que esteve à frente da chamada pública que selecionou as 15 iniciativas. Além da seleção das propostas, o trabalho envolveu o acompanhamento e monitoramento dos projetos, por meio do contato permanente entre as organizações e assessores sociotécnicos, que contribuíram para a gestão e execução das ações, em um processo contínuo de troca de conhecimentos e aprendizado mútuo. “E esse processo está sendo avaliado e estudado cientificamente, também como parte do nosso trabalho”, adianta Wagner.

As trocas foram uma marca registrada ao longo do desenvolvimento dos projetos apoiados pela chamada pública. De dezembro a fevereiro, a Fiocruz e as organizações estiveram juntas em sete oficinas que trataram de temas transversais às diferentes iniciativas, como produção audiovisual com smartphone, comunicação visual, mídias sociais, podcast, fake news, vacinas e comunicação de risco. As oficinas contaram com especialistas convidados, mas, em especial, com o compartilhamento das experiências e saberes dos coletivos. “Além de enriquecer o trabalho, essas trocas intensificaram as relações e a conexão entre todos os envolvidos, resultando no início da constituição de uma rede potente em comunicação em saúde”, afirma Wagner. “Essa rede sinaliza também que, embora os projetos estejam chegando ao fim, vamos continuar trabalhando para que seu legado permaneça”, completa.

Outra característica marcante dos projetos é a diversidade, com iniciativas que envolvem povos de terreiro, ciganos, indígenas, negros, imigrantes venezuelanos e moradores de favelas, entre outras populações. A estimativa é que as ações tenham beneficiado mais de 300 mil pessoas, direta ou indiretamente. Essas diferentes faces do trabalho serão mostradas em um vídeo que sintetiza o trabalho dos coletivos e que será lançado no dia 16 de março, durante o seminário. 

Confira a programação completa do evento.

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