09/05/2011
No documento final, o guru da Série, professor Cesar Victora, da Universidade Federal de Pelotas, e colegas resumem os progressos alcançados e os desafios futuros. As melhorias nos determinantes sociais da saúde — tais como riqueza, acesso à saúde e redução da desigualdade — têm sido os principais impulsionadores da melhoria das condições de saúde e de expectativa de vida. A abordagem adotada pelo Brasil — da criação de um serviço nacional de saúde — é única na América Latina.
Os autores dizem: "Muitos desafios permanecem, no entanto. Disparidades socioeconômicas e regionais continuam a ser inaceitavelmente altas, refletindo o fato de que muito progresso ainda é necessário para melhorar as condições básicas de vida para uma grande parte da população. Novos problemas de saúde surgem como resultado da urbanização e mudanças sociais e ambientais, e alguns problemas de saúde antigos continuam sem esmorecer. A administração de um sistema de saúde pública complexo e descentralizado, em que uma grande parte dos serviços é contratada para o setor privado, juntamente com muitos provedores de seguros privados, inevitavelmente causa conflito e contradição... assim como a presença de um forte setor de seguros privados de saúde. "
Eles emitem uma chamada à ação* que privilegia a ação coordenada pelo governo, setor privado, acadêmico, profissionais da saúde e da sociedade civil como um todo que será necessário para o Brasil a continuar a melhorar para além dos progressos já realizados, e resolver os problemas referidos pelos cinco primeiros artigos.
Os autores concluem: "O desafio é em última análise político, requer a participação contínua da sociedade brasileira como um todo para garantir o direito à saúde para todo o povo brasileiro".
Publicado em 9/5/2011.
