Início do conteúdo

20/08/2010

Simpósio sobre a erradicação da varíola destaca questões históricas, antropológicas e de direitos humanos


O simpósio Erradicação da Varíola após 30 Anos: Lições, Legados e Inovações, no Rio de Janeiro, de 24 a 27 de agosto, não discutirá apenas questões médicas e biomédicas. Também haverá espaço para o debate no âmbito das ciências humanas e sociais. Destacam-se abordagens históricas e antropológicas, bem como no campo dos direitos humanos.



Em sua palestra, Daniel Tarantola, professor de saúde e direitos humanos na Austrália, mostrará que, na erradicação da varíola, tiveram papel fundamental os trabalhadores leigos em saúde e os membros de comunidades, que atuaram de forma integrada aos especialistas. “Se for considerada uma nova campanha de erradicação, as suas abordagens estratégicas devem considerar os seguintes fatores: a importância vital de basear-se nas aspirações, na resistência e na capacidade de recuperação da comunidade; o papel fundamental da liderança e da responsabilidade governamental; a necessidade essencial de envolver a sociedade civil e as parcerias público-privadas no discurso e nas ações de saúde pública global; e a necessidade de investir no fortalecimento de um sistema de saúde com uma base ampla”, avalia, no resumo.



Ao lado de Tarantola estarão o historiador peruano Marcos Cueto e a antropóloga portuguesa Cristiana Bastos. Cueto examinará as interações e alianças estabelecidas entre atores de saúde e políticos durante a segunda metade do século 20. Cristiana, por sua vez, analisará a articulação entre tecnologias médicas, macro e micropolítica, para apresentar alguns desafios que persistem e que mudam na compreensão e no trato de epidemias.



Publicado em 20/08/2010.

Voltar ao topo Voltar