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29/09/2006

Simpósio vai debater medicamentos para doenças negligenciadas

Bel Levy


Cerca de 35 mil pessoas morrem por dia em decorrência de doenças negligenciadas, a maioria em países em desenvolvimento. A doença de Chagas e a leishmaniose, exemplos de doenças negligenciadas que representam importantes problemas da saúde pública, serão temas do simpósio Descoberta e desenvolvimento de drogas para doença de Chagas e leishmanioses (Drug discovery and development for Chagas disease and Leishmaniasis), que será realizado em parceria pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC), uma unidade da Fiocruz, e a Iniciativa de Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi, na sigla em inglês), mais importante organização não-governamental na área, em 6 de outubro.


Segundo levantamento feito entre 1975 e 2004, dos 1.556 medicamentos aprovados para comercialização nos Estados Unidos, apenas 1% era voltado para o tratamento de doenças negligenciadas. Para discutir novas perspectivas para a descoberta de medicamentos, o simpósio Descoberta e desenvolvimento de drogas para doença de Chagas e leishmanioses reunirá pesquisadores nacionais e estrangeiros no auditório do Pavilhão Leônidas Deane, no campus da Fiocruz. Não é necessário fazer inscrição e a participação é gratuita. As palestras serão ministradas em inglês e não haverá tradução simultânea.


Programação


8h45 – 10h30: apresentação do filme Chagas – uma doença escondida

Ricardo Preve (Fiocruz)


11h – 11h10: abertura

Paulo Buss (presidente da Fiocruz) e Reinaldo Guimarães (vice-presidente de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico)


11h10 – 11h20: Pesquisa e desenvolvimento de drogas para a doença de Chagas: história e desafios

Tania Araújo-Jorge (diretora do IOC)


11h20 – 11h30: Programa integrado de doença de Chagas da Fiocruz: pesquisa e desenvolvimento tecnológico

Rodrigo Correa-Oliveira (Centro de Pesquisa René Rachou/Fiocruz)


11h30 – 12h10: mesa-redonda: Tratamento das leishmanioses: desafios

Mediadora: Bartira Rossi Bergmann (Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho/UFRJ)


Palestrantes (15 minutos de apresentação e 5 minutos para debate)


Gustavo Romero (Faculdade de Medicina da Universidade de Brasilía) - Tratamento tópico para leishmaniose cutânea causada por Leishmania braziliensis


Manoel Barral-Neto (Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz/Fiocruz) - Bases para abordagem imunoterapêutica


12h10 – 12h30: Rede brasileira para o desenvolvimento de drogas para leishmanioses

Ana Rabello (Centro de Pesquisa René Rachou/Fiocruz)


13h45 – 14h15: Uso de Posaconazol para o tratamento da doença de Chagas: situação atual, com Julio Urbina (Instituto Venezuelano de Pesquisa Científica)


14h15 –14h30: O cão como modelo experimental para quimioterapia da doença de Chagas, com Maria Terezinha Bahia (Universidade Federal de Ouro Preto)


14h30 – 15h: Efeito cooperativo do sistema imunológico para eficácia de drogas no tratamento de doença de Chagas experimental, com Alvaro Romanha (Centro de Pesquisa René Rachou/Fiocruz)


15h – 15h30: Genoma do T. Cruzi e Leishmania spp e desenho de alvos quimioterápicos, com Wim Degrave (Instituto Oswaldo Cruz)


15h30 – 16h30: mesa-redonda: Tratamento da doença de Chagas: estado da arte e desafios de abordagens tripanocidas e imunoterapêuticas. Mediador: Ângela Hampshire de Carvalho Santos Lopes (Instituto de Microbiologia Paulo de Góes/UFRJ)


Palestrantes (15 minutos de apresentação e 5 minutos para debate)


José Rodrigues Coura Departamento de Medicina Tropical (Instituto Oswaldo Cruz) - Doença de Chagas: o que é necessário?


Ricardo Ribeiro dos Santos (Centro de Pesquisa Gonçalo Muniz/Fiocruz) - Terapia celular na cardiopatia chagásica


Julio Scharfstein (Instituto de Biofisica Carlos Chagas Filho/UFRJ) - Ativação de receptores de bradicinina de células dendríticas: potencialização do efeito adjuvante em novas formulações de vacinas contra patógenos intracelulares

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