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06/10/2021

SNCT: "A ciência nos atravessa", destaca a presidente da Fiocruz

Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)


A 18ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT 2021) começou na Fiocruz, na última segunda-feira (4/10), com um debate sobre as fronteiras do conhecimento. A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, conversou com Luiz Davidovich, presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), e Renato Janine, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), durante a cerimônia de abertura. O presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), Marco Lucchesi, fez uma participação especial.

A cerimônia de abertura teve a mediação de Márcia Corrêa, do Canal Saúde.
 

 

Para Renato Janine, da SBPC, o próprio combate à pandemia de Covid-19 é um exemplo do tema da SNCT 2021: A transversalidade da ciência, tecnologia e inovações para o planeta. Janine fez uma retrospectiva sobre a pandemia, pontuando a participação de algumas áreas da ciência no combate ao novo coronavírus. Lembrou das Ciências da Saúde e Biológicas na linha de frente, das Ciências Exatas nas modelagens e projeções, e do papel das Ciências Humanas examinando o impacto sobre a vida social. Segundo ele, “ficou impossível um conhecimento não transversal”.

Luiz Davidovich, da ABC, destacou que as grandes questões que afetam o planeta hoje em dia — e que têm repercussões no Brasil — são questões transdisciplinares. “Como encarar as mudanças climáticas sem um esforço multidisciplinar?”, perguntou ele. Davidovich ainda enfatizou a importância de atualizações no ensino superior, pautadas pela interdisciplinaridade e troca de experiências entre as áreas do conhecimento. “Isso vai fortalecer não só a ciência no país, mas vai fortalecer também a nossa democracia”, frisou.

Para transformar o planeta

Nessa linha, Nísia Trindade Lima resumiu que a ciência nos atravessa. Para a presidente da Fiocruz, “nós temos uma grande responsabilidade, como cientistas de todas as áreas do conhecimento, com um futuro com mais equidade, democracia e com outra relação com a natureza e com a nossa sociedade marcada, no caso do Brasil, por desigualdades tão profundas”.

Marco Lucchesi, presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), que participou da abertura da cerimônia por meio de vídeo, destacou que a própria Fiocruz vem dando elementos de esperança em tempos tão desafiadores. Mesmo assim, ressalta que “não há volta possível, se não decidirmos, em tempo necessário, o projeto de sobrevivência e de construção de humanidade que desejamos”, lembrando que não basta interpretar o mundo, mas é preciso transformá-lo.

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