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19/10/2011

Tem início as atividades da Conferência Mundial sobre Determinantes Sociais da Saúde

Mara Figueira, Marina Bittencourt e Tatiane Vargas


Com a presença da diretora geral da Organização Mundial da Saúde, Margaret Chan, do ministro da Saúde brasileiro, Alexandre Padilha, e do Presidente da República em exercício, Michel Temer, foi aberta na tarde desta quarta-feira (19/10), a Conferência Mundial sobre Determinantes Sociais da Saúde no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro.  A cerimônia contou ainda com a presença do prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e do governador do Estado, Sergio Cabral.


 A diretora geral da Organização Mundial da Saúde, Margaret Chan, o Vice-presidente da República, Michel Temer, o governador do estado do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, abrem Conferência Mundial. Foto: Peter Ilicciev.

 A diretora geral da Organização Mundial da Saúde, Margaret Chan, o Vice-presidente da República, Michel Temer, o governador do estado do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, abrem Conferência Mundial. Foto: Peter Ilicciev.





“O Brasil representa o lugar ideal para a realização de um encontro dessa natureza, que ocorre pela primeira vez”, disse Chan, afirmando que há, no país, um movimento social que busca maior equidade na área e que reconhece a saúde além do aspecto biomédico, abrangendo outros setores. “Realizar essa conferência em nossa cidade só vai ajudar a contribuir com a melhoria da saúde carioca”, acrescentou Paes.



O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lembrou a importância do tema do encontro. “Não será possível reduzir a mortalidade por doenças como as crônicas sem mudar os determinantes sociais da saúde”, afirmou. “O último relatório da OMS sobre tuberculose no mundo elogia e reconhece os esforços do Brasil no combate e prevenção a essa doença. Sem informações dos determinantes sociais, como moradia, renda, entre outros, não teríamos logrado esse resultado.”



Chan lembrou que há uma melhoria imensa de indicadores de saúde quando a preocupação social consta da agenda política. “Um mundo desequilibrado na área de saúde não é estável nem seguro”, afirmou, listando o impacto que doenças crônicas não transmissíveis têm sobre a economia: o equivalente a quase a metade (48%) do Produto Interno Bruto Global de 2010. “Essas moléstias afetam muito o desenvolvimento, pela perda de renda nacional e por empurrar pessoas para a linha da pobreza.”



Em seu discurso, Padilha mencionou que, apesar de o Brasil ter enfrentado várias crises ao longo de mais de duas décadas, nunca renunciou a um sistema de saúde universal e público.  “Entendemos que a saúde deve ser entregue por um Sistema de Saúde público e universal. O SUS se tornou parte inerente dos nossos valores e é um forte propensor dos interesses econômicos do nosso país”, disse. “Essa conferência será considerada como um marco para a história da saúde. Estamos juntos pela equidade em prol da saúde universal e acesso de boa qualidade para todos.”


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Publicado em 19/10/2011.

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