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30/05/2008

Temporão discute metas e desafios da saúde no Brasil

Bel Levy e Renata Fontoura


“É preciso reconhecer o Sistema Único de Saúde (SUS) como o projeto social mais solidário entre os países em desenvolvimento. São 29 mil equipes que acompanham 87 milhões de brasileiros em 92% do território nacional. Precisamos enxergar a saúde como investimento e não como gasto”, destacou o Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, durante conferência  nesta sexta-feira (30/5), na Fiocruz. Falando para uma platéia composta por cientistas e profissionais de saúde, Temporão apresentou as metas do governo federal para 2011 na área de saúde e os desafios que levaram o governo federal a lançar uma nova abordagem com o programa Mais Saúde – Direito de Todos, em fase de implantação. Ao final da conferência, parte das comemorações dos 108 anos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC) e da Fiocruz, o ministro deu posse a coordenadores de áreas de pesquisa do Instituto.


 Em sua conferência, Temporão detalhou todas as ações do programa Mais Saúde (Foto: Peter Ilicciev)

Em sua conferência, Temporão detalhou todas as ações do programa Mais Saúde (Foto: Peter Ilicciev)


A necessidade de maior articulação da saúde com as demais políticas sociais, o aperfeiçoamento da qualidade no atendimento e a espera por consultas com especialistas foram alguns dos desafios destacados pelo ministro. “O Mais Saúde foi criado com base em eixos como a atenção e promoção à saúde, ações intersetoriais, qualidade de gestão e cooperação internacional”, o ministro explicou. O programa define metas em áreas que abrangem planejamento familiar, atenção a gestantes e bebês, educação em saúde nas escolas, capacitação e qualificação de profissionais, ampliação da rede de Farmácias Populares e incorporação ao SUS de novas vacinas.


Para a política de planejamento familiar, o programa prevê a implementação, em mil municípios, de ações de promoção e monitoramento para gestantes e crianças de até 6 anos. A redução da taxa de cesarianas, o estímulo ao aleitamento materno e a maior oferta de métodos contraceptivos também integram o conjunto de metas. O programa pretende realizar a avaliação clínica, nutricional e psicossocial em 26 milhões de estudantes do ensino fundamental e médio, com a política Saúde na Escola. Para os idosos, o Mais Saúde tem como uma das metas a distribuição de 10 milhões de cadernetas de saúde de pessoas idosas e a qualificação de 66 mil pessoas como cuidadores de idosos. Para promoção da saúde do trabalhador, serão implantados 140 novos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador.


“Brasileirinhos Saudáveis, Saúde nas Escolas, Territórios Integrados de Atenção à Saúde (Teias) e Saúde do Trabalhador são algumas políticas que fazem parte do Mais Saúde, que já tem assegurado pelo Plano Plurianual do governo R$ 12 bilhões para investimento”, concluiu Temporão.


O presidente da Fiocruz, Paulo Buss, destacou que a intersetorialidade de programas do governo é imprescindível para o enfrentamento dos determinantes sociais no país. Tania Araújo-Jorge, diretora do IOC, apresentou as áreas de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do Instituto e deu início à cerimônia de posse dos coordenadores, assinada pelo ministro José Gomes Temporão.


O evento foi encerrado com a cerimônia de posse de oito coordenadores de áreas de Pesquisa do IOC: Claire Fernandes Kubelka (Pesquisa em Dengue, Febre Amarela e Outras Arboviroses), Clara Cavados (Pesquisa em Taxonomia e Biodiversidade de Parasitos, Vetores e Reservatórios), Jacenir Mallet (Pesquisa em Doença de Chagas), Maurício Luz (Pesquisa em Saúde Humana e Ambiental, Educação e Sociedade), Martha Suárez-Mutis (Pesquisa em Epidemiologia, Vigilância e Diagnóstico em Saúde) e Selma Gomes (Pesquisa em DST e Aids). Otávio Pieri (Pesquisa em Helmintoses) e Vinícius Cotta de Almeida (Pesquisa em Doenças Crônicas, Degenerativas e Genéticas) não puderam comparecer por motivo de viagem.

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