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08/07/2009

Teoria sugere que micro-organismos primitivos estejam envolvidos na miocardite associada à doença de Chagas


Na manhã da sexta-feira (10/07), o Simpósio Internacional do Centenário da Descoberta da Doença de Chagas recebe a pesquisadora Maria de Lourdes Higuchi, do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Com o título Um possível papel de micróbios co-infectantes além do T. cruzi na patogenia da cardiopatia chagásica crônica, a palestra da convidada apresenta resultados de uma pesquisa que evidenciou a possibilidade de que outros micro-organismos infectantes, além do Trypanossoma cruzi – parasito causador da doença -, possam estar envolvidos no desenvolvimento das diferentes formas clínicas da doença de Chagas.


“Apesar de transcorridos cem anos da descoberta da doença de Chagas, ainda não se sabe por que cerca de 30% dos indivíduos infectados evoluem para uma cardiopatia congestiva e que é acompanhada por inflamação que agride fibras cardíacas não infectadas”, pontua a pesquisadora. “Recentemente, em biópsias endomiocárdicas de pacientes chagásicos, observamos organelas envolvidas por dupla membrana compatíveis com arqueas, que são os micro-organismos mais primitivos da natureza e que ainda não são reconhecidos como causadores de doenças”, explica.


Segundo Maria de Lourdes, o estudo significa um avanço. “Nossos estudos ainda são preliminares, mas abrem um novo caminho para a investigação das manifestações clínicas da doença”, finaliza a pesquisadora.


Publicado em 8/7/2009.

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