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07/02/2008

Tutores a postos

Catarina Chagas e Fernanda Marques


Com os materiais e ferramentas prontos, a equipe da EAD/Ensp inicia o processo de seleção dos tutores, que são facilitadores da aprendizagem e acompanham as atividades dos alunos. Além de tirarem dúvidas, esses profissionais promovem a interação entre os estudantes, propiciando um ambiente favorável a debates. Para isso, passam por uma formação inicial – 40 horas de aula presencial – e estão continuamente se aperfeiçoando, com a ajuda de orientadores da Fiocruz.


Para o psicólogo e mestrando em clínica médica Julio Cesar Vasconcelos da Silva, tutor do curso de impactos da violência na saúde da EAD/Ensp, a relação com os alunos, ao contrário do que possa parecer à primeira vista, não é impessoal e distante, sobretudo porque o mesmo tutor acompanha o aluno durante todo o curso. “Os alunos, no início, sentem falta de uma referência, porque só vêem a máquina, mas a coisa muda com o tempo”, afirma. “Com o suporte e a atenção que recebem, eles se sentem seguros, porque sabem que podem ter dúvidas e que existe uma pessoa do outro lado da máquina para ajudar”.

Julio destaca ainda que não é fácil ensinar a distância. “Quando você é professor presencialmente, pode improvisar. A distância, não: precisa se preparar para atender às necessidades de cada aluno. Ser professor a distância dá muito mais trabalho, mas é muito prazeroso também”, confessa. O tutor registra todas as demandas que chegam pela internet, além de fazer um plantão de quatro horas semanais, quando os alunos podem fazer contato também por telefone 0800.


Os 23 alunos acompanhados por Julio são do Ceará, como a psicóloga Márcia Mourão, que há 12 anos trabalha em um centro de saúde do estado. “Identifico questões discutidas no curso com as vivências dos usuários do centro de saúde, o que contribui para a melhor compreensão das situações com que lido no serviço”, avalia a aluna.


Embora more na capital, onde é grande a oferta de cursos, ela optou pelo ensino a distância para conseguir adequar os horários de estudo aos de trabalho – Márcia atende pacientes durante o dia e leciona à noite.  “Acho que, para fazer um curso a distância, é preciso mais disciplina do que em cursos presenciais. Minha rotina de estudos é de mais ou menos oito horas semanais”.

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