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10/04/2007

Uma estação de vigilância para doenças transmissíveis

Ricardo Valverde


O coordenador da área de biodiversidade do CPqLMD, o entomologista Sérgio Luz, acalenta um projeto que em 2007 começará a ganhar forma: a montagem de uma estação de vigilância de doenças transmissíveis. O objetivo é ter um trabalho permanente e que permita conhecer melhor possíveis mudanças no ciclo de transmissão de doenças como malária, dengue, leishmaniose e arboviroses (febre amarela, mucambo e outras). “Queremos ter uma noção mais completa das áreas de risco, saber que vírus circulam nos mosquitos, que espécies de mosquitos estão infectadas, que animais estão servindo de reservatórios, entre outros dados. Como as mudanças ambientais antrópicas podem favorecer o surgimento de doenças? Estamos aqui para responder a essa questão, naquele que é o maior campo de pesquisas do mundo, a Amazônia”, afirma Luz.


 Carlos Chagas, ao centro, em expedição científica à Amazônia em 1913

Carlos Chagas, ao centro, em expedição científica à Amazônia em 1913


Também em 2007 Luz e equipe pretendem iniciar um trabalho, que deverá ser permanente, em um assentamento do Incra em Rio Pardo, no município de Presidente Figueiredo (AM), a 180 quilômetros de Manaus. No local será estudada a situação das doenças transmitidas por veiculação hídrica (igarapés, poços e rios), acompanhando as famílias da comunidade, num total de 1.200 pessoas, e suas condições de saúde. Já houve um contato com as famílias, feito por antropólogos e em parceria com a prefeitura, que deu origem a um censo.

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