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04/06/2010

Unidade da Fiocruz em Brasília será inaugurada na segunda-feira com a presença de Lula


A Fiocruz inaugura nesta segunda-feira (7/6) a sua unidade em Brasília. Com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a cerimônia de inauguração do novo prédio, localizado no campus da UnB, dá início oficialmente às atividades da Escola de Governo em Saúde (EGS). Além das atividades de representação institucional que competem à unidade de Brasília, caberá à Escola formar e capacitar os servidores públicos federais da área da saúde e também de áreas correlatas, como planejamento, educação, meio ambiente, entre outras. Serão oferecidos, inicialmente, cursos nas modalidades mestrado e mestrado profissional, especialização, atualização e aperfeiçoamento.


 Maquete da nova unidade da Fiocruz em Brasília

Maquete da nova unidade da Fiocruz em Brasília


O prédio da Fiocruz Brasília ocupa uma área de 10 mil m², custou cerca de R$ 20 milhões e consiste em quatro blocos distintos, que abrigam as áreas administrativas, de ensino, pesquisa, um auditório para 200 pessoas e um espaço para exposições. O terreno foi cedido à Fiocruz na gestão do então reitor da UnB, senador Cristóvão Buarque.


A Escola de Governo em Saúde — uma proposta que integra o Programa Mais Saúde do governo federal — ainda terá a missão de viabilizar parcerias nos campos da pesquisa e do ensino com instituições locais, como a própria UnB, maior parceira da Fiocruz no Distrito Federal, e também com o governo distrital.


Escola de Governo em Saúde


Sonho antigo perseguido por sanitaristas, gestores e trabalhadores do SUS, a criação de uma Escola de Governo em Saúde (EGS), na capital federal, finalmente se concretiza. E a Fiocruz é a condutora desse processo. Em um novo prédio, erguido no campus da Universidade de Brasília (UnB), a instituição abrigará as atividades dessa escola, além daquelas já desenvolvidas pela Fiocruz Brasília. Incluída como umas das metas do PAC da Saúde, a construção da Escola na capital do país reforça o compromisso do governo federal em tratar a formação de recursos humanos para o Sistema Único de Saúde (SUS) como meta prioritária. A EGS tem capacidade de receber até 700 alunos simultaneamente.


O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, destacou os desafios que o Brasil enfrenta no campo da gestão, tendo em vista as dimensões do país e a complexidade do SUS. “Não é simples nosso desafio em termos de formação. E não estou falando somente em um desafio do Ministério da Saúde, mas de algo que compreende também os demais entes federados. Pretendemos formar uma massa crítica de profissionais capazes de entender a magnitude do desafio do SUS”, afirma o ministro.



Ele ressaltou que a formação que se deve priorizar não pode se limitar ao aspecto biológico da saúde, lembrando que políticas urbanas, de alimentação e nutrição, saneamento e educação, têm fortíssimas correlações com a saúde. “E a Escola de Governo de Brasília terá um papel muito especial, ao engajar os profissionais nesse campo, baseados nos princípios da interdisciplinaridade e da multissetorialidade”. Para o ministro, a EGS pode propiciar uma visão mais ampliada e alavancar ainda mais os avanços obtidos pelo SUS, dentre os quais ele destaca a redução da mortalidade infantil, de 47,1 para 19,3 nascidos vivos (entre 1990 e 2009).


O desafio de viabilizar a implantação da EGS na capital coube à Fiocruz, que iniciou o desenvolvimento do projeto e a construção do prédio, resgatando um compromisso firmado há mais de 20 anos, quando o então reitor da UnB, o senador Cristovam Buarque, cedeu à Fundação, durante a gestão de Sergio Arouca, o terreno para a construção da Escola. A EGS servirá a todas as unidades da Fiocruz, que poderão oferecer cursos e desenvolver atividades de ensino e capacitação voltadas para o nível federal. O delineamento da forma de funcionamento da Escola e das atividades pedagógicas está sendo coordenado pela Presidência da Fiocruz.


O objetivo da Escola é formar servidores e gestores federais não só da área de saúde, mas também de outras áreas do governo que têm influência direta sobre ela, como Planejamento, Educação, Meio Ambiente, Desenvolvimento Social, e também profissionais de órgãos de controle, como Controladoria Geral da União (CGU), Tribunal de Contas da União (TCU) e agências reguladoras.


A Fiocruz a concebeu como uma escola que trate a saúde de forma transversal, pois quando se pensa a saúde sob o foco dos seus determinantes sociais, pensa-se que ela está ramificada em diversas áreas de atuação governamental. Por ser um programa, a EGS será gerida por dois colegiados: um interno, formado por membros da própria Fiocruz, que será responsável pela definição das diretrizes pedagógicas da escola — essa composição ainda está em discussão no Conselho Deliberativo da Fiocruz —; e outro externo, de caráter consultivo, formado por representantes da Fiocruz, da UnB, Ministério da Saúde, Escola Nacional de Administração Pública (Enap), entre outras instituições.


A Fiocruz Brasília (Direb) terá assento no Colegiado Interno da Escola de Governo e será a responsável pela gestão do prédio, incluindo a parte administrativa e de logística, dando suporte ao funcionamento da Escola. Inicialmente, caberá também à direção da Fiocruz Brasília a coordenação executiva da EGS.


A instalação da Escola de Governo em Saúde na capital também deverá ampliar as parcerias com instituições de ensino e pesquisa locais. A UnB é uma delas. Para a universidade, a EGS intensificará a parceria na área de ensino — que já existe, mas de forma pontual —, abrindo as portas para novos projetos de cooperação. “O prédio da Fiocruz no campus da universidade não será só uma edificação, representará o estreitamento da cooperação entre as duas instituições, principalmente na área de saúde coletiva”, explica Denise Bomtempo Birche de Carvalho, decana de Pesquisa e Pós-Gradução da UnB. De acordo com ela, muitos pesquisadores da universidade já têm procurado o Decanato em busca de informações sobre cooperação com a Fiocruz.


Encontros entre as duas instituições, iniciados em março deste ano, têm discutido as linhas em que se dará essa cooperação. Denise Bomtempo adianta que, além de cursos conjuntos para a formação de gestores federais que atuem no setor saúde, há expectativas de atuação conjunta em outras áreas. “Pretendemos fortalecer a cooperação no campo da pesquisa”, afirma a decana, que completa: “Acredito que Fiocruz e UnB podem atuar conjuntamente para a formação de uma rede Centro-Oeste de capacitação e formação de gestores na área de saúde”.


No âmbito do governo local, as expectativas também são as melhores. O diretor da Escola Superior de Ciências da Saúde do Distrito Federal (ESCS-DF), Mourad Ibrahim Belaciano, é outro entusiasta da ampliação das atividades da Fiocruz em Brasília e, especialmente, do projeto da Escola de Governo em Saúde. Para ele, com a Escola, a Fiocruz poderá trazer cursos e temas essenciais para a saúde pública, como o tratamento das doenças endêmicas, prevenção de acidentes, gestão em saúde e a integração entre saúde e ciência e tecnologia.


Mourad também vislumbra parcerias e intercâmbios importantes com a chegada da EGS. “Trabalhamos com a metodologia de aprendizagem a partir de problemas, e essa é uma tecnologia que poderíamos oferecer para a EGS. O nosso corpo docente e todos os nossos alunos trabalham e estudam dentro do sistema público de saúde. Com esse intercâmbio de experiências, certamente os dois lados irão ganhar”, afirma.


Solenidade de inauguração

Dia: 7 de junho

Horário: 17h30

Local: auditório da Fiocruz Brasíli,. L3 Norte, Gleba A. SG10 (em frente à Autotrac)

Ascom Fiocruz Brasília: Wagner Vasconcelos ou Vanessa Campos - (61) 9955-7854 e (61) 8170-2297


Publicado em 4/6/2010.

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