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23/01/2008

Vôo de fêmeas de Aedes aegypti é direcionado por maior concentração de criadouros produtivos


Um estudo desenvolvido pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC) em parceria com a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp) e o Programa de Computação Científica da Fiocruz (Procc) aponta a tendência de fêmeas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, se deslocarem em direção a localidades que apresentem maior concentração de criadouros produtivos, como caixas d’água e tonéis, e para áreas com maior aglomeração de seres humanos. A iniciativa investigou em campo a produtividade de criadouros e avaliou níveis de infestação pelo mosquito em duas áreas com características ambientais e urbanísticas distintas - Tubiacanga, na Ilha do Governador, e Amorim, em Manguinhos, ambos no Rio de Janeiro.


 Freitas: as fêmeas do mosquito têm raio de vôo reduzido em locais de alta concentração humana

Freitas: as fêmeas do mosquito têm raio de vôo reduzido em locais de alta concentração humana


“Avaliações realizadas em campo demonstram que as fêmeas do mosquito Aedes aegypti têm raio de vôo reduzido em locais com maior oferta de focos para oviposição e alta concentração de seres humanos, como as favelas. Observamos que esses dois parâmetros podem influenciar também a direção do vôo das fêmeas que, nos bairros estudados, apresentaram deslocamento mais intenso para áreas onde havia maior concentração de criadouros permanentes, como caixas d’água e tonéis, e de seres humanos”, descreve Rafael Freitas, doutorando do Laboratório de Transmissores de Hematozoários do IOC, que participou do estudo orientado pelo pesquisador Ricardo Lourenço de Oliveira.

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