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15/06/2010

Vacinação contra a pólio na Fiocruz oferece maratona de atrações à população


Neste sábado (12/6), o campus da Fiocruz em Manguinhos se transformou, novamente, no maior posto de vacinação do Brasil contra a paralisia infantil (poliomielite) com a 17ª edição do Fiocruz pra Você. Ao longo de todo o dia, foram realizadas diversas atividades culturais, artísticas e esportivas que fizeram do campus um grande espetáculo a céu aberto para a população. Ao abrir a campanha de vacinação - cuja meta deste ano é imunizar cerca de 14 milhões de crianças com até 5 anos - o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse que "todos devem trazer seus filhos e netos para que o Brasil continue com a doença erradicada. É uma questão de cidadania e de garantia do futuro e da saúde das futuras gerações". Temporão afirmou ainda que a Fiocruz é um patrimônio do país. O presidente da Fundação, Paulo Gadelha, lembrou que um evento como o Fiocruz pra Você revela a face da instituição, que reúne saúde, ciência, arte e cultura em favor da população. "Este é um legado que Sergio Arouca e os pensadores da Reforma Sanitária nos deixaram. Hoje a Fundação abre as suas portas e recebe de braços abertos os seus visitantes, para os quais trabalhamos diariamente produzindo medicamentos, vacinas, produtos e inovações em saúde e ciência". Em 2010, o número de crianças vacinadas contra a poliomielite na Fundação chegou a 2.475.

 

Durante o dia, a Fiocruz foi palco de feira de ciências e de saúde, teatro, contação de histórias, oficinas de desenho e pintura, atividades que mostraram como funcionam os laboratórios, sessão de cinema e vídeos, coral, flautistas, orquestra de sopros, o famoso Jongo da Serrinha, a apresentação da companhia Dançando Para Não Dançar, o grupo Rio Maracatu, exposições diversas, atividades circenses, bazar e serviços como inscrição em carteira de identidade e CPF, entre outros. A programação começou às 8h e se estendeu até as 17h. Além do ministro José Gomes Temporão, estiveram presentes o secretário nacional de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Oscar Berro, e os secretários estadual e municipal de Saúde do Rio de Janeiro, respectivamente Sergio Cortes e Hans Dohmann.


 Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, abrem a primeira etapa da campanha de vacinação contra a poliomielite.  (Foto: Peter Ilicciev)

Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, abrem a primeira etapa da campanha de vacinação contra a poliomielite.  (Foto: Peter Ilicciev)


Museu da Vida


No Parque da Ciência, crianças soltaram bolhas de sabão em uma brincadeira diferente e com um potencial para grandes descobertas. Elas soltaram bolhas ao ar livre, sobre diferentes superfícies, recipientes ou flutuando livremente, que exibiram cores e formas deslumbrantes observadas sobre a luz do sol. Com atenção, as crianças perceberam resultados incríveis que os cientistas vêm estudando há muito tempo, como as das formas matemáticas e podemos até fazer tamanhos assustadores de uma forma divertida e fascinante.


E também visitaram a exposição permanente do Espaço Biodescoberta sobre o conhecimento científico a respeito da vida e suas dimensões culturais e históricas. Painéis, atividades interativas, observações ao microscópio, jogos, multimídias vídeos, um aquário marinho e terrários com animais vivos mostram a história, os conceitos básicos da biologia e a biodiversidade brasileira.


 Criança participa de uma das atividades do evento

Criança participa de uma das atividades do evento


Os Contadores de Histórias do Museu da Vida trouxeram histórias divertidas e envolventes sobre saúde e conversam com o público sobre a atividade de contar histórias num museu de ciências, como prática de incentivo à leitura. Algumas histórias selecionadas para o evento: Germe de aniversário, A reunião dos alérgicos, Não existe dor gostosa, Belarmino, o rato que espirrava, entre outras. Ao final da apresentação das histórias, o público continuou se divertindo com a Biblioteca Móvel.


Escola Nacional de Saúde Pública


Houve a apresentação de peças teatrais lúdicas abordando temas referentes à higiene bucal e a cuidados pessoais, brincadeiras infantis orientadas por recreadores, oficina de desenho, maquiagem temática para crianças, palestras sobre verminoses e DST/Aids, distribuição de kits para escovação dos dentes, dança de salão, apresentação de karatê, gincana ecológica com premiações e um ecoponto.



Instituto Fernandes Figueira


Cerca de 120 voluntários dos departamentos de Genética Médica, Obstetrícia, Neonatologia, Pediatria, do Projeto Biblioteca Viva em Hospitais, do Grupo de Atenção à Saúde do Adolescente (GASA) e de serviços como Fisioterapia Motora, Banco de Leite Humano, Serviço Social, Controle de Infecção Hospitalar e Prova de Função Respiratória do Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) participaram da festa da vacinação, tirando dúvidas da população sobre o cuidado com a saúde e prevenção de doenças. Além disso, a equipe do Projeto Câncer de Mama do IFF fez atendimentos e orientou a população.


Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde


Saúde e ciência para foram debatidos com jovens e adolescentes temas relacionados à saúde e a pesquisa, por meio de espaços interativos, que estimulem o intercâmbio de informações, a reflexão e a troca de opiniões. E também cuidaram da saúde dos livros, ao aprender a correta utilização e preservação dos livros.


Escola Politécnica de Saúde


Alunos da Escola Politécnica estiveram dispersos no campus da Fiocruz com o cartaz Abraços Grátis, que teve como objetivo divulgar essa campanha internacional e também outras atividades desenvolvidas pelo grupo no Fiocruz pra Você.


Modelos da Saúde

Crianças tiraram fotos em um painel do Zé Gotinha.


Oficina de Desenho

Espaço para que as crianças fizessem desenhos.


Oficina de Pintura Facial

Espaço em que as crianças tiveram seus rostos pintados.


Roda de Leitura

Alunos da EPSJV leram histórias para as crianças.


Shiatsu

Atendimento individual de massagem terapêutica.


Teatro de Fantoches

Alunos da EPSJV apresentaram peças teatrais com fantoches para as crianças.


Dirac


Troca do lixo por plantas e apresentação da compostagem da Fiocruz e prevenção a dengue.


 Público aproveita as atrações e serviços oferecidos

Público aproveita as atrações e serviços oferecidos


Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas


O Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (Ipec) é referência na assistência, pesquisa e ensino na área das doenças infecciosas. A unidade mostrou informações sobre saúde na área da prevenção, tratamentos, sinais e sintomas, cuidados de excelência na qualidade, humanização do atendimento, pesquisa clínica, epidemiologia, ensino. A novidade deste ano foi a apresentação de trabalhos premiados da Escola Estado da Guanabara.


Instituto Oswaldo Cruz


Laboratório de Ecoepidemiologia e Controle de Esquistossomose e Geohelmintoses: atividades práticas e lúdicas sobre o ciclo biológico da esquistossomose mansônica e das geohelmintoses e sua prevenção


Laboratório de Helmintos Parasitos de Vertebrados: Coleção Helmintológica de peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos brasileiros e de interesse na saúde coletiva


Laboratório de Transmissores de Leishmanioses – Setor de Entomologia Médica e Forense

Apresentação dos principais vetores da doença de Chagas, visualizando estruturas internas com atividades lúdicas com crianças e apresentação do vídeo “Vida de barbeiro”


Laboratório de Educação em Ambiente e Saúde: atividades Lúdicas envolvendo pintura de ilustrações que pretendem abordar nossos ritmos biológicos


Laboratório de Malacologia: observação do caramujo africano vivo e de outros moluscos que podem transmitir doenças ao homem, bem como informações sobre essas doenças e como evitá-las, através de material ilustrativo


Laboratório de Inovações Terapêuticas em Ensino e Bioprodutos: teatro de bonecos contando histórias relacionadas a saúde, oficina de desenho/exposição de ilustrações científicas –  ensinar técnicas básicas de desenho para as crianças da  comunidade e exposição do trabalho das professoras na  área científica


Teste de bafômetro com a comunidade



Verificação da pressão arterial da população


Laboratório de Patologia: apresentação do site do Museu da Patologia com execução de atividades voltadas para a disseminação do conhecimento referente a: história da patologia, do desenvolvimento de estratégias eficazes de combate; ao processo histológico e investigativo utilizado pelos patologistas; e exposição de material do acervo do Museu da Patologia, principalmente das Coleções de Febre Amarela e da Seção de Anatomia Patológica do IOC, com local reservado para visualização de lâminas coradas e não coradas ao microscópio, demonstrando assim a necessidade de corantes para a observação de células e tecidos


Laboratório de Biodiversidade Entomológica: pela observação de insetos, o público percebeu a grande diversidade de formas, cores, hábitos de vida e curiosidades desses intrigantes organismos, ricamente encontrados em nossa fauna. Os objetivos foram o de despertar o interesse pelos insetos e promover maior conhecimento acerca do grupo, atuando na conscientização ecológica e valorização da natureza brasileira


Laboratório de Taxonomia Bioquímica e Bioprospecção de Fungos: foram desenvolvidas atividades informativas sobre a aplicação dos fungos: o que são fungos, a importância dos fungos, os tipos de fungos, a aplicação dos fungos e doenças relacionadas aos fungos


Banco do Brasil


Foram oferecidos os serviços de Inscrição do CPF ou solicitação de 2ª via de forma gratuita (este serviço normalmente apresenta tarifa de R$ 5,50 nas agências)



Secretaria Estadual do Trabalho e Renda


Carteira de Trabalho 1ª e 2ª via

Seguro Desemprego

Ouvidoria do Trabalho

Cadastro do Trabalhador

Carteira de Trabalho 2ª via - RG (original) ou Certidão de Nascimento/Casamento (original), uma foto 3x4 de fundo branco e um documento que comprove o nº da Carteira de Trabalho antiga (Ex.: guia de seguro desemprego, rescisão de contrato de trabalho e outros)


Defensoria Pública


Trouxe a campanha institucional permanente Cidadania, Eu Defendo, cujo objetivo é erradicar o subregistro de nascimento e dar acesso à documentação básica. Disseminou informações sobre os direitos dos cidadãos


Associação Lutando para Viver


Bazar beneficente


Oficina Artesanal e Terapia comunitária


Divulgação do trabalho da terapia comunitária exposição e venda de material da oficina e do bazar da solidariedade


Feneis


Divulgou o potencial da pessoa surda para diversas áreas da vida social, sejam crianças ou adultos, como na parceria Feneis/Fiocruz


Projetos sociais


Este espaço que divulgou sos projetos da Fiocruz, oficinas, contadores de histórias, apresentações de vídeos e apresentações artísticas e culturais, como música, dança, teatro exposição de telas. Estes são produtos com a participação de diversas unidades da Fiocruz – que desenvolvem trabalhos no entorno do campus e outros parceiros como movimentos e organizações sociais, além de comunidades de Manguinhos.


Dançando para não Dançar


A companhia é formada exclusivamente por jovens do projeto Dançando para não Dançar, moradores de comunidades do Rio de Janeiro. O grupo já se apresentou em diversos locais públicos na cidade da cidade, por exemplo, em palcos montados nas praias de Ipanema, Arpoador, Flamengo e Botafogo; na Cinelândia, Carioca e Central do Brasil. Além de escolas e Centros de Atendimento Integrado (Caics). Apresentou-se no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e nos teatros João Caetano e Carlos Gomes. No exterior, o grupo dançou na Escola de Balé de Berlim, na Alemanha. O Dançando para não Dançar foi idealizado pela bailarina e professora Thereza Aguilar, em 1995. Já encaminhou cinco meninas do Pavão-Pavãozinho, Cantagalo, Mangueira e Rocinha para especialização no exterior – Berlim/Alemanha e Havana/Cuba – e em renomadas companhias nacionais – Ballé Stagium , Corpo e  Deborah Colker. Aprovou cerca de uma centena de alunos para a escola de dança Maria Olenewa, da Fundação do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.


 Apresentação de dança no palco montado em frente ao Castelo

Apresentação de dança no palco montado em frente ao Castelo


Grupo Mosaico


Grupo Mosaico é composto por atores, músicos e pesquisadores na área de Letras,

formados pela UNI-Rio e pela UFF, que além de trabalharem em suas áreas de formação artística, também se interessam pela arte de contar histórias. Na busca por um novo fio de Ariadne que ao invés de mostrar a saída, mostre a entrada para o labirinto da literatura e das narrativas orais, o grupo vem buscando aprofundar sua pesquisa na arte de narrar histórias por meio do diálogo entre a música e a teatralidade. O Mosaico vem trabalhando com o projeto “Como ouvir os clássicos?”, que se trata de sessões de histórias onde textos clássicos, que servem de referência para outras leituras, são narrados e acompanhados por obras musicais também tidas como clássicas ou outras compostas pelo grupo, de forma que a música também se apresente de forma narrativa.


Coral Amador de Garis da Comlurb


O Coral Amador de Garis da Comlurb foi criado visando a valorização do profissional da limpeza urbana (o gari), estimulando em cada um deles suas habilidades, dons artísticos e acima de tudo levando-os a compreender a  importância da profissão que exercem, ao atuarem  junto à população como agentes multiplicadores de educação ambiental e civilidade. Do currículo do coral constam mais de 600 apresentações em diversas instituições e diferentes eventos. O Coral Amador de Garis é reconhecido principalmente pela forma como se apresenta, alegre, descontraído e com muito swing dos seus componentes.


Orquestra de Sopros da Pro Arte


A Orquestra de Sopros da Pro Arte 2009, agora dirigida pelo músico Raimundo Nicioli – que herdou a batuta da regente Tina Pereira –, e contando com a supervisão musical do contrabaixista Matias Correa, a orquestra passa a receber do violonista, tecladista e arranjador a marca de suas impressões musicais. A começar pela escolha do compositor homenageado da temporada, Luiz Eça. Exímio pianista e arranjador, Luiz Eça teve suas músicas gravadas por Bill Evans (Dolphin) e Michel Legrand (um cd inteiro pelo selo Biscoito Fino). Como arranjador, foi uma das maiores referências do movimento da Bossa Nova, tendo feito arranjos memoráveis para composições de Roberto Menescal, Edu Lobo e Baden Powell, entre outros.


A Orquestra de Sopros da Pro Arte é formada por jovens estudantes de música, metade deles bolsistas, integrantes do projeto Flautistas da Pro Arte, criado em 1989 e patrocinado pela Petrobras. O principal objetivo do trabalho é o ensino da música através da música popular brasileira. O método sempre seguiu o tom do desafio: apresentar aos estudantes uma meta puxada, esticando assim, todos os anos, os limites da técnica e da sensibilidade musicais dos alunos.


Jongo da Serrinha


O Jongo da Serrinha é um dos mais tradicionais grupos de cultura do país tendo recebido diversos prêmios por seu trabalho artístico e social. Com 40 anos de história, o grupo de Madureira foi fundado por Mestre Darcy e sua mãe, Vovó Maria Joana Rezadeira que, preocupados com a extinção do jongo na cidade, transformaram a antiga dança praticada nos quintais da Serrinha num espetáculo. O Morro da Serrinha, localizado na zona norte do município do Rio de Janeiro, é uma comunidade urbana com aproximadamente 7.000 moradores, na sua maioria negros.


O Jongo é uma herança cultural trazida pelos negros bantos que vieram da região do Congo-Angola, na África, para as fazendas de café do Vale do Paraíba no século 19 que ficou preservado na região. Graças a uma iniciativa do grupo, o ritmo foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 2005, como o primeiro Bem Imaterial do Estado do Rio de Janeiro.  Ao transformar a antiga dança de roda num espetáculo, Mestre Darcy e Vovó Maria inovaram ao introduzir violão e cavaquinho no jongo e ao ensinar crianças a dançar, antigamente só permitido aos “cabeça branca”, criando uma nova referência do jongo na cidade e garantindo sua sobrevivência no contexto da globalização.


Rio Maracatu


Desde 1998 o grupo realiza desfiles, cortejos e shows de reconhecida qualidade musical, já tendo se apresentado em companhia de grandes artistas como Djavan, Lenine, Manu Chao,Lia de Itamaracá, Alceu Valença, Mestre Ambrósio, entre outros. Além de apresentações em eventos o grupo também realiza os já tradicionais desfiles do Bloco Rio Maracatu em Santa Teresa e na orla de Ipanema, que atraem cariocas e turistas em uma grande confraternização musical. O Grupo também já fez apresentações nas lonas culturais para comunidades de baixa renda e participou de vários eventos sociais em comunidades da Zona Oeste e Baixada Fluminense. Hoje o Rio Maracatu é um grupo bem conhecido dos cariocas, respeitado em todo o Brasil e que tem um intenso intercâmbio com os mais importantes mestres de Maracatu do Recife. Nascido no Rio de Janeiro, o grupo não aspira a tentar igualar-se às grandes nações de Maracatu do Recife, mas ativar e estimular intercâmbios entre essas duas culturas, a pernambucana e a carioca.


Publicado em 12/6/2010.

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