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14/11/2007

Vigilância de cosméticos estará na pauta do congresso

Fernanda Marques


Mulheres, de modo geral, retocam o batom ao longo do dia com mais freqüência do que ingerem um determinado tipo alimento ou medicamento. Isso indica a importância da comprovação da segurança dos cosméticos, até porque eles têm venda livre. A avaliação clínica desses produtos e sua vigilância serão temas abordados pela dermatologista Flavia Addor durante o 15º Congresso Brasileiro de Toxicologia.


Cosméticos representam um mercado em expansão. De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), o faturamento do setor em 2006 ultrapassou R$ 17,5 bilhões, contra R$ 15,4 bilhões no ano anterior. Segundo a médica, a avaliação de um novo cosmético envolve as análises das matérias-primas e do produto acabado. Em relação às matérias-primas, é preciso comprovar, com grande margem de segurança, que elas não irritam a pele nem penetram no organismo. “O nível de exigência é muito alto”, diz Flavia, diretora técnica do Medcin Instituto da Pele, laboratório particular de avaliação clínica de produtos tópicos, entre eles os cosméticos. “Os testes do produto final, que combina diferentes substâncias, são muito próximos dos usados para medicamentos”.


Quando as etapas são cumpridas à risca, é muito rara a ocorrência de eventos tóxicos associados ao cosmético. “Se, durante os ensaios, for verificado que o produto tem potencial de induzir alergias, ele não pode ser lançado”, adverte a pesquisadora. Além disso, mesmo depois de ser aprovado nos testes e chegar ao mercado, o cosmético continua sob vigilância. “Por meio dos canais de contato com o consumidor, o fabricante recebe notificações de efeitos adversos e deve haver uma equipe especializada para investigar o caso e tomar as providências necessárias”, completa.

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