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18/11/2016

Bolsista do CDTS/Fiocruz ganha prêmio de melhor inovação com projeto sobre câncer de mama

Gardenia Vargas (CDTS/Fiocruz)


Bolsista de pós-doutorado do Centro de Desenvolvimento Tecnólogico em Saúde (CDTS/Fiocruz), Tatiana Tilli ganhou o prêmio The Best Innovation (Melhor Inovação, em tradução livre) e o Best Pitch of the Day (Melhor Área do Dia). O projeto intitulado Theranostic kit to breast cancer treatment (Desenvolvimento de um produto teranóstico para auxiliar o tratamento do câncer de mama) foi um dos 10 premiados entre os 210 candidatos selecionados pela Swissnex Brazil.

O câncer é um problema de Saúde Pública, com significativos impactos sociais e econômicos. Todo câncer tem um perfil molecular particular, o que faz do câncer uma doença candidata a terapia de precisão (medicina personalizada). “É de vital importância diagnosticar corretamente as alterações moleculares através do transcriptoma, não do genoma. Por conta disto, estamos propondo a comercialização de um produto de diagnóstico molecular baseado na análise do RNA-seq e do interatoma; um tipo de produto que não existe no mercado no momento, que é fácil de produzir e que responderá imediatamente a uma demanda médica importante. Nosso produto informa ao médico a combinação terapêutica mais eficaz e que evita os efeitos colaterais para tratar a paciente”, explica Tatiana.

O programa Academia-Industry Training (AIT) de 2016 tem o intuito de apoiar os cientistas a transformar pesquisas de alto nível em aplicações para o mercado, ou seja, descobrir o potencial empresarial de cada pesquisa. Ao mesmo tempo, o programa incentiva os pesquisadores a se tornem empreendedores. A pesquisadora Tatiana Martins Tilli foi selecionada entre suiços, indianos e brasileiros, que foram agraciados com uma semana de treinamento no Rio de Janeiro e outra semana no conhecido centro mundial de inovação École Polytechnique Fédérale de Lausanne (EPFL), na Suiça. O programa é promovido pela Swissnex Brazil em colaboração com o Swiss Federal Institute of Technology da EPFL, Swissnex India e VentureLab. Tatiana embarca para Suiça no final de novembro.

“É um treinamento da Academia para indústria. O objetivo é fazer com que os pesquisadores que tem ideias criativas ou que estão relacionadas com o empreendedorismo conhecer as pessoas que trabalham nessa área, conhecer um pouco mais desse ecossistema de criação de startup. Aprendemos de forma pratica como levar o que a gente descobre em nossas pesquisas para o mercado. Minha experiência foi ótima. É de fato uma lacuna do conhecimento esse tipo de treinamento. A gente que vem da área da Academia não sabe como apresentar ao mercado nossas pesquisas. Esse tipo de treinamento ensina a gente pensar fora caixa”, ilustra Tatiana. 

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