15/04/2016
Em um modelo econômico fundamentado na exploração dos trabalhadores, recai sobre as mulheres uma dupla opressão: vítimas do machismo, elas se tornam mais vulneráveis aos mecanismos de coerção do capital. Os exemplos são muitos, como o maquinário mal-adaptado à estatura média feminina, disparidade de salário mesmo ocupando funções iguais às dos homens, maior controle por parte de gerentes etc. Algumas dessas questões foram levantadas na roda de conversa O olhar do gênero sobre a saúde das trabalhadoras e trabalhadores: desigualdades e discriminações no trabalho, realizada em 6 de abril, no Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh) da Escola Nacioanal de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz).
A pesquisadora do Cesteh Vanda D’acri foi a primeira a falar no debate. Depois de um breve histórico sobre o desenvolvimento dos estudos de gênero, trabalho e saúde na unidade, ela lembrou da importância de se pensar a construção das diferenças entre homem e mulher não a partir de um olhar biológico, mas sim social. “O conceito de gênero dá ênfase à construção social do masculino e feminino. Essa é uma construção social que vai definir os papéis da mulher e do homem. Não é o biológico que vai definir o local das pessoas, mas essa construção social, que é definida pela organização social em que a gente vive. No caso atual do Brasil, pelo capitalismo, com uma exploração muito grande do trabalho”, destacou.
Continue a leitura no site do Informe Ensp.