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25/06/2020

Covid-19: Fiocruz PE desenvolve plataforma para multivigilância

Fiocruz Pernambuco


No período de 30 de maio a 1º de junho, a National Aeronautics and Space Administration (Nasa) promoveu um evento (hackathon) reunindo profissionais ligados ao desenvolvimento de software e cientistas em maratonas de trabalho com o objetivo de criar soluções específicas para o enfrentamento da Covid-19. A pesquisadora do Departamento de Saúde Coletiva da Fiocruz Pernambuco, Louisiana Quinino, foi uma das participantes do evento.  

Compartilhando a missão da Fiocruz, de ser uma instituição que visa colocar a ciência, tecnologia e inovação à disposição da comunidade e do Sistema Único de Saúde (SUS), a pesquisadora, junto com Isabel Oliveira (Estatística/UFPE); Flávia Vasconcellos (Engenharia Cartográfica e de Agrimensura/UFPE); Juliana Venâncio e Vinícius Silva (ambos do curso de Computação/UFRPE) e Saul Quinino (médico neurocirurgião HR/ Hospital do Trauma de Campina Grande/PB), formaram um time e desenvolveram o protótipo de uma plataforma para a multivigilância da Covid-19 e seus fatores associados, usando dados fornecidos pela Nasa e dados locais. O protótipo, denominado Plataforma Disease Surveillance, tem como proposta resolver um grande problema atual da gestão, que é o de lidar com informações pulverizadas e desagregadas, que favorecem uma visão medicalizada da doença.

“Os sistemas de produção de dados em saúde atuais focalizam na doença e no doente, e não consideram seu entorno, os determinantes sociais da saúde e do adoecimento, o que é extremamente recomendado no controle de doenças, transmissíveis ou não”, declara Louisiana.

O protótipo pode ser aplicado a qualquer doença, porque usa conceitos da epidemiologia clássica, como História Natural das Doenças e Determinantes Sociais de Saúde. Ele permite que sejam gerados mapas que incluem análises de regressão estatística, mostrando não apenas os pontos “quentes” pra Covid-19 (o número de casos), mas o contexto social por trás daquele dado.

“Através de análises situacionais, integrando o conhecimento científico a tecnologias atuais e livres (uso de softwares como o Python e dados da OMS, Nasa, etc.), nosso protótipo visa produzir informações complexas mas, ao mesmo tempo, de fácil compreensão para os gestores, a comunidade científica e população em geral, o que vai ajudar na busca de consensos multiprofissionais na  tomada de decisões no controle da morbimortalidade por Covid-19 e outras doenças, além de funcionar como sentinela”, explica Louisiana. 

A equipe, agora, busca patentear a ferramenta. Para saber mais sobre o projeto, clique aqui.

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