15/12/2022
Ana Paula Blower (Agência Fiocruz de Notícias)
Após sete meses de debates, troca de experiências e conhecimento, termina nesta quinta-feira (16/12) o curso de Especialização em Saúde Global e Diplomacia da Saúde, organizado pelo Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz), o Departamento de Administração e Planejamento em Saúde (Daps) da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), com o copatrocínio da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e da Agência Brasileira de Cooperação (ABC). Voltado para profissionais de nível superior da área da saúde global, diplomacia da saúde, cooperação e relações internacionais, esta edição teve 105 participantes. Entre os destaques, estão as “aulas-painel”, cerca de 20 seminários sobre as questões políticas e da saúde global vigentes, que tiveram aproximadamente 100 palestrantes internacionais e nacionais.
Realizado de forma remota, o curso, que terá nova edição em 2024, teve como objetivo “contribuir para a formação de quadros gestores de cooperação internacional da Fiocruz e das Assessorias de Relações Internacionais de Saúde dos Ministérios da Saúde de países da América Latina e dos países africanos de língua portuguesa (Palop)”. Para um dos coordenadores da especialização e coordenador do Cris/Fiocruz, Paulo Buss, o objetivo foi alcançado e a evolução dos alunos pode ser percebida nos relatórios entregues sobre as atividades que acompanhavam.
Além das “aulas-painel”, os alunos participaram de 18 "sessões de observatório", que debatem a conjuntura da saúde global e da diplomacia da saúde em agências e grupos de países, a partir do Observatório de Saúde Global e Diplomacia da Saúde, que acompanha, analisa e faz o registro das principais questões em tempo real. Esse acompanhamento dá origem aos Cadernos Cris, publicados quinzenalmente.
Para Buss, outro diferencial da especialização foi a possibilidade de os participantes acompanharem e debaterem os cinco principais eventos do ano no campo da Saúde Global, como a Assembleia Mundial da Saúde e a Conferência Panamericana. “Com esses momentos eles puderam exercitar o que é e o que será o trabalho deles na área internacional. Este é um destaque importante porque mostra exatamente o que queríamos, que é um participante evoluindo com a capacidade analítica para ter um desempenho melhor nas funções que exerce” afirma o coordenador.
Desdobramentos e futuro
Sobre os desdobramentos e planos para o curso, Buss diz que cada um dos grupos de participantes vai construir uma rede de escritórios de relações internacionais em saúde, onde poderão trocar experiências e ampliar colaborações e construir posições comuns no futuro.
“Todos esses espaços vão enriquecer e serão enriquecidos”, assinala Buss, que acrescenta que os participantes também serão convidados para o projeto especial do Cris/Fiocruz de 2023, que inclui a manutenção das sessões do observatório, com a produção dos Cadernos Cris, e o programa dos Seminários Avançados em Saúde Global e Diplomacia da Saúde.