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28/09/2016

Debate sobre jornalismo crítico marca 62 anos da Ensp/Fiocruz

Informe Ensp


A escolha pelo tema dos 30 anos da 8ª Conferência Nacional de Saúde para celebrar 62 anos de luta da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) pela universalização da Saúde Pública no país foi fundamental para trazer para o debate a questão da comunicação, ou melhor, o papel do jornalismo crítico e independente na construção de uma proposta democrática de saúde. Unindo atores responsáveis pela construção de uma proposta de comunicação em saúde para o país, a mesa-redonda na Ensp/Fiocruz contou com a participação do pesquisador aposentado da unidade, Álvaro Nascimento, e do editor-chefe do Programa Radis, Rogério Lannes. Coordenada pela pesquisadora do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), Janine Miranda Cardoso, a atividade reuniu não apenas o antigo, como também o atual editor-chefe da revista Radis – projeto mais longínquo de comunicação na área da saúde.

Atividade reuniu diversos representantes do Programa Radis (foto: Informe Ensp)

 

Álvaro Nascimento focou sua apresentação na forma como atuou na comunicação e informação em saúde, ou seja, na prática do jornalismo. Ele esteve à frente da Radis em seus primeiros passos. Segundo o jornalista, naquela época, o desafio era montar uma equipe com capacidade técnica e política de entender e traduzir, em linguagem acessível, as utopias e valores que embalavam a Reforma Sanitária brasileira.

“Como fazer jornalismo de dentro de uma empresa do estado, saindo de uma ditadura militar que durou mais de vinte anos, como produzir um jornalismo crítico?”, questionou ele. Álvaro citou, ainda, a necessidade de enfrentar as resistências internas e externas para dar voz à sociedade organizada no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), além de superar as retaliações, que traziam como consequência, além do estigma, o desfinanciamento concreto.

Atual editor-chefe do Programa Radis, Rogério Lannes, lembrou o fato de que a mesa reuniu três pessoas que trabalharam juntas na década de 1980 no Programa Radis e seguiram sempre atuando em outros projetos de comunicação. Rogério pontuou, em sua apresentação, os últimos quinze da revista Radis. Segundo ele, as três últimas equipes que se sucederam tocando a Radis incorporam o ideário da Reforma Sanitária, um processo que não foi vivido por alguns deles, mas do qual se sentiram defensores desses princípios. “Nesse período de quinze anos da Radis, nós temos uma experiência diferente”, comentou. 

Confira vídeo com as apresentações na íntegra.

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