16/03/2015
Em outubro, o Escritório de Captação foi à Holanda representar a Fiocruz no Global Awards for Fundraising 2014 - premiação internacional que reconhece práticas de excelência em captação de recursos. (Leia aqui a matéria completa sobre a nova fase do Escritório de Captação da Fiocruz).
Vencedor da etapa nacional, o escritório foi um dos três finalistas mundiais da categoria The Global Fundraiser, dedicada a profissionais que nos últimos dois anos desenvolveram ações de referência em captação de recursos. Coordenador do Escritório, Luís Fernando Donádio falou ao Linha Direta, veículo de comunicação interna da Fiocruz, sobre a grata satisfação de ter sido premiado e o aprendizado vindo da experiência.
Por que inscrever o projeto em uma premiação?
Luís Fernando Donádio: Eu identifiquei na inscrição do prêmio uma oportunidade de parar para refletir. Tive que relatar toda a história, detalhar a metodologia desenvolvida, rever os desafios desses oito anos de existência.
Como foi receber a notícia de que, além de ganhar o prêmio nacional, o Escritório concorreria ao internacional?
Luís Fernando: Durante o tempo de reflexão, ao preparar a apresentação do Escritório, eu já tinha consciência de que tínhamos trilhado um caminho bem sucedido e com potencial de crescimento. Só não tinha noção de que o projeto poderia ser escolhido em detrimento de outros, em âmbito nacional. Então, quando veio a notícia, fiquei num misto de surpresa e otimismo.
Que critérios de premiação foram adotados?
Luís Fernando: Os projetos vencedores foram os que implantaram uma metodologia inovadora de trabalho, investiram na formação de recursos humanos e utilizaram estratégias criativas para superar os desafios. No caso do Escritório, o crescimento exponencial que tivemos nos favoreceu no concurso nacional: saímos de um projeto piloto para uma experiência consolidada, em um período de oito anos. O prêmio internacional também usou critérios muito parecidos, se não iguais.
Quais foram os resultados dessa participação?
Luís Fernando: Apesar de não termos vencido, divulgamos a experiência do Escritório da Fiocruz em âmbito nacional e internacional. Temos convites de colegas brasileiros e estrangeiros para compartilhar nosso aprendizado com mais profundidade. Já capacitamos, por exemplo, um grupo do Instituto Pro Rim, excelência na realização de transplantes renais, para constituir um núcleo de captação de recursos. Esse resultado foi o que houve de mais valioso em todo o processo.
*Esta entrevista foi publicada originalmente na edição nº22 do jornal Linha Direta, órgão de comunicação interna da Fiocruz.