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03/04/2018

Fiocruz capacita profissionais para diagnóstico em sarampo

Lucas Rocha (IOC/Fiocruz)


Referência nacional para o diagnóstico de sarampo, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) realizou, nos dias 20 e 21 de março, no Rio de Janeiro, a capacitação de profissionais de saúde de 14 estados brasileiros. A ação faz parte do papel de vigilância laboratorial desempenhado pelo Laboratório de Vírus Respiratório e do Sarampo do IOC, em apoio à rede de Laboratórios Centrais de Saúde Pública (LACENs) do Ministério da Saúde. A iniciativa contou com o apoio da Coordenação de Vigilância e Laboratórios de Referência em Saúde da Fiocruz, que, em 20 de março deste ano, realizou um encontro com representantes do Ministério da Saúde, secretarias de estado e laboratórios de referência para discutir estratégias de controle para o sarampo. A capacitação contribui para as ações implementadas pela Secretaria de Estado da Saúde de Roraima, com o apoio do Ministério da Saúde e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Na ocasião, também foram implementadas campanhas de vacinação, busca ativa de casos e a revisão de fichas de atendimento e prontuários.

“Ao contribuir para a formação de profissionais de saúde de diferentes regiões brasileiras, estamos contribuindo com o nosso papel de referência de nível nacional junto ao Ministério da Saúde. A revisão e o compartilhamento de informações sobre a atual situação da doença no Brasil e no mundo também são importantes estratégias para evitar a propagação do vírus para outras áreas”, destacou Marilda Siqueira, chefe do Laboratório de Vírus Respiratório e do Sarampo do IOC. “As ações de capacitação buscam fortalecer a abordagem integrada de vigilância em saúde, ao unir estratégias das vigilâncias epidemiológica e laboratorial. Estamos reforçando capacidades de resposta locais, ao estimular que técnicos que atuam em laboratório também discutam e participem da vigilância da doença de forma mais ampla”, complementou André Luiz de Abreu, da Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública (CGLAB/SVS/MS).

Segundo o Ministério da Saúde, os últimos casos de sarampo no país foram registrados em 2015, em surtos ocorridos nos estados do Ceará, São Paulo e Roraima. Em 2016, o Brasil recebeu o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo pela OMS, declarando a região das Américas livre do sarampo. O IOC atuou diretamente com o Ministério da Saúde e com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) para que o país recebesse o certificado [relembre]. “Há um esforço conjunto do Ministério da Saúde, da Fiocruz, e de outros institutos, que estão trabalhando para que a doença não seja reintroduzida no país, e o diagnóstico rápido é fundamental para que as ações de bloqueio sejam executadas com eficácia”, ressaltou André.

Referência nacional para viroses exantemáticas, o Laboratório de Vírus Respiratório e do Sarampo do IOC atua desde o início do surto em Roraima e Manaus na confirmação de casos suspeitos de sarampo e na análise filogenética, que permite classificar a origem dos vírus como importados ou autóctones. O Laboratório do IOC também é referência nacional para rubéola, vírus influenza e Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars).

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