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16/07/2020

Fiocruz integra pesquisa sobre reação populacional à Covid-19

Informe Ensp


Em parceria com a Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa (UNL) e a Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP/USP), a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) vem desenvolvendo as etapas iniciais da Pesquisa social comparada de mensuração da reação populacional à pandemia de Covid-19 e às medidas governamentais de contenção e resposta à pandemia – Termômetro Social – Covid 19 - Brasil. A iniciativa é fruto de um convite da UNL, que já realiza a pesquisa denominada Barômetro Covid-19/Opinião Social, sob a coordenação da professora Carla Nunes, com a disseminação ampla de um questionário on-line à população portuguesa, a fim de mensurar, qualificar e analisar a reação populacional à pandemia e às respectivas medidas de controle. 

A proposta brasileira consiste na aplicação da pesquisa no Brasil a partir da adaptação da metodologia utilizada pela UNL. A coordenação da pesquisa pelo lado brasileiro é da professora Rosa Souza, vice-diretora da Escola de Governo em Saúde da Ensp/Fiocruz e coordenadora da Secretaria Executiva da Rede de Escolas em Saúde Pública (RedEscola). A pesquisa prevê a realização de um inquérito, nos mesmos moldes do que já ocorre em Portugal, para evidenciar o impacto social e econômico na população brasileira das medidas sanitárias adotadas no país diante da pandemia da Covid-19.

A pesquisa já foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP/Ensp/Fiocruz) e encontra-se em fase de adaptações para a pesquisa de campo. Uma questão inovadora e que se diferencia da pesquisa de Portugal, além de ser on-line e disponível à população geral, é que também será aplicada em populações em situação de vulnerabilidade em áreas e em regiões nas quais o projeto tem parcerias, sendo elas a população em situação de rua, populações residentes em áreas de comunidades e de áreas rurais.

As adaptações no projeto brasileiro foram feitas por considerar que as populações desses segmentos — população de rua e comunidades — são dramaticamente afetadas pela Covid-19, o que caracteriza um contexto social muito diferente de Portugal. A equipe é composta de pesquisadores e outros profissionais das diferentes áreas de conhecimento entre médicos, enfermeiros, economistas, sociólogos, antropólogos, biólogos, terapeuta ocupacional, física médica, nutricionistas e das áreas de comunicação e jornalismo. Também das áreas de epidemiologia, de violência, dos determinantes sociais. Essa heterogeneidade permitirá o aprimoramento da investigação e o alcance do projeto às áreas mais desassistidas por parte do Estado, e a ideia é ampliação da equidade nessas populações, servindo, portanto, o estudo como base de evidências para nutrir as políticas públicas e subsidiar a definição de ações estratégicas em saúde. 

Para formalizar e regular a parceria, foi elaborado um Termo de Cooperação Internaciona (TCI) entre as três instituições líderes do projeto. O TCI já foi aprovado pela Ensp/Fiocruz, Ensp/Nova e EERP/USP. Além de trazer maior dinamismo e expertise para o projeto, essa experiência de trabalho interinstitucional fortalece as parcerias da Ensp/Fiocruz com a USP, uma renomada institução de ensino e pesquisa nacional, e com a Ensp/Nova, conceituada instituição portuguesa com a qual a Ensp/Fiocruz já desenvolve outros projetos e compartilha a coordenação da Secretaria Executiva da Rede de Escolas Nacionais de Saúde Pública da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. 

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