Agência Fiocruz de Notícias

O Campus Fiocruz Mata Atlântica recebeu (20/6) 21 alunos dos cursos de Engenharia Florestal e Bacharelado em Ciências Biológicas da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) para uma aula prática na Estação Biológica Fiocruz Mata Atlântica (EFMA). A atividade foi coordenada pelo professor Rodolfo Abreu, do Departamento de Ciências Ambientais da UFRRJ. “A atividade faz parte das aulas práticas da disciplina de Dendrologia, que consiste na identificação de famílias de árvores de Mata Atlântica a partir de um conjunto de caracteres vegetativos (não florais) como tipo de casca, odor característico de folhas ou troncos, estruturas nas folhas, filotaxia etc.”, explica Abreu. 

A turma pernoitou no campus até dia 21 de junho. “O objetivo foi levar os alunos em local conservado do remanescente de Mata Atlântica do Rio de Janeiro, para que eles pudessem conhecer e notar diferenças entre espécies. Foi a primeira vez que tivemos essa prática fora do campus da UFRRJ”, destacou Abreu. 

Segundo Andrea Vanini, coordenadora do Escritório Técnico de Gestão, Conservação Ambiental e Restauração Ecológica da Fiocruz Mata Atlântica, “essa visita é importante, pois a missão da EFMA é apoiar, estimular e acolher, no seu perímetro e área de influência, a pesquisa, a inovação, a educação e a disseminação e divulgação de conhecimentos sobre a complexidade socioambiental e a relação entre biodiversidade e saúde. Neste contexto, a EFMA se apresenta como um laboratório natural para esse tipo de prática, como essa aula de campo proposta pela turma da UFRRJ”. 

“Um espaço como este, voltado para a pesquisa, com estrutura de alojamento e equipe técnica especializada, auxilia muito a Universidade. Atividades de campo são extremamente importantes para a formação dos discentes, o aprendizado é mais rápido e mais interessante, os estudantes ficam empolgados, as perguntas ficam mais interessantes, eles passam a observar as plantas e o ecossistema de maneira diferente. Uma atividade como essa, guiada por técnicos locais, é enriquecedora em diversos sentidos”, finaliza Abreu. 

“A Fiocruz Mata Atlântica através da EFMA está disponível para receber aulas práticas e projetos de pesquisas de universidades. Basta entrar em contato com a Equipe de Saúde Ambiental da Fiocruz Mata Atlântica pelo e-mail pdcfma@fiocruz.br”, afirma Ricardo Moratelli, coordenador executivo da Fiocruz Mata Atlântica. 

Estação Biológica Fiocruz Mata Atlântica (EFMA)

A Estação Biológica Fiocruz Mata Atlântica (EFMA) é um laboratório natural para pesquisas em biodiversidade e saúde, e espaço para experimentação de tecnologias sociais para a resolução de problemas socioambientais locais. Compreende 430 hectares (86%) do campus da Fiocruz Mata Atlântica e apoia, estimula e acolhe a pesquisa, a inovação, a educação e a disseminação e divulgação de conhecimentos sobre a complexidade socioambiental e a relação entre biodiversidade e saúde, objetivos esses alinhados à missão da Fiocruz. Ainda, auxilia na preservação do remanescente de Mata Atlântica local, em consonância com a missão do Parque Estadual da Pedra Branca, com o qual está parcialmente sobreposta.

Instalações e serviços de apoio à pesquisa

Estação meteorológica automatizada (ACT Fiocruz-Inmet); Pavilhão de cursos (com seis salas de aula, um auditório e secretarias – área aberta e coberta para abrigar atividades integrativas e expográficas); Áreas aberta e fechada (Laboratório multiusuário) para processamento de amostras biológicas; Laboratório de sementes; Estufa para preparação exsicata; Banco de sementes; Salas de reunião, sala de videoconferência e laboratório de informática; Sala com estações de trabalho para pesquisadores externos à Fiocruz Mata Atlântica; Dormitório para pernoite durante trabalhos de campo; Repositório da Fiocruz Mata Atlântica no Arca Fiocruz; Apoio logístico para trabalhos de campo; e Assessoria em espacialização de dados, sistemas de informação geográfica e cartografia.