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21/10/2016

Fiocruz promove seminário Álcool, Saúde & Sociedade


A Fiocruz, em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde, promove o Seminário Internacional Álcool, Saúde e Sociedade, nos dias 24 e 25 de outubro, das 9h às 17h, no auditório da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) e no Museu da Vida da Fiocruz (confira abaixo a programação). O encontro abordará os aspectos epidemiológicos, históricos e culturais do consumo de álcool, assim como as políticas públicas no Brasil e na América Latina. Considerado um problema de saúde pública, o álcool está associado a 6% das mortes no mundo. O evento tem também como objetivo discutir as questões relacionadas às estratégias de marketing utilizadas pela indústria do álcool, traçando um paralelo com a experiência da regulação do uso do tabaco. Concentrada em um pequeno número de corporações multinacionais, o marketing das empresas visa os mais jovens e grupos mais vulneráveis para alcançar seus objetivos de expansão do mercado. Confira mais informações e a programação completa.

Entre os palestrantes está Thomas Babor, professor da Escola de Medicina da Universidade de Connecticut, e a assessora sênior para álcool da Opas/OMS, Maristela Monteiro. O seminário contará com uma mesa sobre o consumo de álcool em diferentes populações e contextos: população vulnerável/em situação de rua, indígenas e jovens/adolescentes. “Assim como a Opas e a comunidade de saúde pública internacional, a Fiocruz acredita que a indústria do álcool não deve ter papel no desenvolvimento ou na implantação de políticas sobre a bebida”, afirmou o vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde Fiocruz, Valcler Rangel.

Segundo a OMS, em 2012, cerca de 3,3 milhões de mortes -  ou seja, quase 6% de todas as mortes no mundo -  eram atribuíveis ao uso de álcool. Dados científicos detalhados sobre o padrão de consumo de álcool são fundamentais para a definição de políticas públicas e planejamento dos serviços de saúde. No Brasil, estes dados ainda são escassos, mas desde os anos 2000, existem iniciativas governamentais para que eles sejam coletados de forma sistemática. As maiores pesquisas sobre o consumo de álcool, entre a população geral, são os “Levantamentos domiciliares sobre uso de drogas psicotrópicas no Brasil” e os "Levantamentos Nacionais de Álcool e Drogas". Os dois primeiros levantamentos foram realizados, em 2001 e 2005, pelo CEBRID [Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas] nas cidades brasileiras com mais 200.000 habitantes e os dois últimos pela Unifesp [Universidade Federal de São Paulo] em 2006 e 2012.

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