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17/04/2020

Fiocruz Rondônia produz álcool em gel para sistema prisional

José Gadelha (Fiocruz Rondônia)


Por meio do Centro de Estudos de Biomoléculas Aplicadas à Saúde (Cebio), a Fiocruz Rondônia iniciou a produção de álcool em gel para atender demanda apresentada pela Secretaria de Estado da Justiça (Sejus). Ao todo, serão produzidos 2 mil litros do produto que serão destinados às ações de prevenção ao novo coronavírus, entre servidores do sistema prisional em Rondônia. Inicialmente, o material deverá ser distribuído aos agentes penitenciários em unidades prisionais de Porto Velho.

Ao todo, serão produzidos 2 mil litros do produto que serão destinados às ações de prevenção ao novo coronavírus (foto: Fiocruz Rondônia)

 

“Como enfrentamos muita dificuldade para encontrar o produto no mercado, nós tivemos a iniciativa de fabricá-lo em Rondônia e, por meio de uma rede de colaboração com diversas instituições e algumas doações de empresas locais, nós conseguimos os insumos necessários”, explica Iza Celeste Severino Bello, chefe do Núcleo de Capacitação da Reinserção Social da Sejus. No total, serão produzidas cinco mil garrafas de 400 ml, e a distribuição ficará por conta da Gerência de Saúde da Secretaria de Justiça. 

A produção do álcool em gel 70% é coordenada pelo pesquisador em Saúde Pública da Fiocruz Rondônia, Leonardo de Azevedo Calderon, doutor em Ciências Biológicas pela Universidade de Brasília (UNB) e professor associado do Departamento de Medicina da Universidade Federal de Rondônia (Unir). De acordo com o pesquisador, a produção segue padrões recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e todos os procedimentos utilizados na fabricação do produto podem ser acessados por meio de um QR Code, que vai impresso no rótulo da embalagem. 

O pesquisador também faz um alerta sobre informações imprecisas que circulam nas redes sociais acerca da produção de álcool em gel caseiro. “É importante salientar que nós utilizamos cálculos bastante precisos e qualquer alteração na concentração dos componentes da fórmula pode comprometer a eficiência do produto além de trazer riscos à nossa segurança”, enfatiza Leonardo Calderon.

Segundo Deusilene Vieira, vice-coordenadora de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz Rondônia, “o momento exige cooperação de todos os segmentos da sociedade, e esta é mais uma iniciativa que vem somar esforços no enfrentamento à Covid-19, com a participação efetiva da instituição”. 

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