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02/09/2020

InfoGripe mostra que casos de SRAG permanecem muito altos

Regina Castro (CCS/Fiocruz)


O novo Boletim InfoGripe, da Fiocruz, indica manutenção do sinal de queda no número de novos casos semanais de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) no país, com valores semanais muito acima do nível considerado muito alto. Entre as ocorrências com resultado positivo para os vírus respiratórios, 97,4% dos casos e 99,3% dos óbitos se deram em consequência do novo coronavírus. Todas as regiões encontram-se na zona de risco e com número de casos semanais e de óbitos por SRAG e Covid-19 acima do valor considerado muito alto com base no padrão histórico. A íntegra do Boletim InfoGripe pode ser acessada aqui.

A análise é referente à Semana Epidemiológica 35, que compreende o período de 23 a 29 de agosto. O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, chama atenção para que, embora a maioria das capitais esteja com sinal moderado (acima de 75%) ou alto (acima de 95%) de queda ou estabilidade no longo prazo, o cenário exige cautela em decorrência dos sinais de estabilidade no curto prazo.

“Principalmente nas capitais em que a tendência de longo prazo também apresenta sinal de estabilidade em valores que ainda se configurem como relativamente altos. Capitais que passaram por longo período de queda e se encontram com tendência de estabilidade requerem atenção especial para evitar uma possível retomada do crescimento, como observado em semanas anteriores”, ressalta o pesquisador.

 É o caso de Belém, Macapá, Palmas, Maceió, Recife, São Luís e Rio de Janeiro.  Até o momento, nenhuma dessas capitais voltou à tendência de queda contínua desde a estabilização ou retomada do crescimento observada.

“Em João Pessoa, Maceió, Recife, Salvador e Vitória a tendência de longo prazo apresenta tendência moderada de alta, probabilidade maior que 75%, sendo que em João Pessoa e Salvador essa tendência também se observa no curto prazo, o que recomenda atenção redobrada”, alerta Gomes.

Macrorregiões da saúde

A análise de tendência dos casos semanais de SRAG até a última semana para as macrorregiões de saúde, com base no município que registrou o caso, mostra que 19 das 27 unidades federativas (18 estados e o Distrito Federal) observa-se tendência de curto e longo prazo com sinal de queda ou estabilização em todas as respectivas macrorregiões de saúde. Nos demais oito estados, Pará, Alagoas, Ceará, Paraíba, Piauí, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul, há pelo menos uma macrorregião de cada estado com tendência de curto e/ou longo prazo com sinal moderado (probabilidade > 75%) ou forte (probabilidade > 95%) de crescimento.

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