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08/05/2014

Neuropsiquiatra americano Carl Hart visita a Fiocruz

Graça Portela


O pesquisador e neuropsiquiatra Carl Hart, professor do Departamento de Psicologia e Psiquiatria da Universidade de Columbia (NY) e membro do Conselho Nacional dos Estados Unidos sobre Abuso de Drogas, esteve na Fiocruz nesta quinta-feira (8/5). Ele veio encontrar o pesquisador Francisco Inácio Bastos, do Laboratório de Informação em Saúde (LIS), responsável pela Pesquisa Nacional de Crack (realizada em 2013) e cuja equipe acaba de ganhar a concorrência para produzir o 3º Levantamento Nacional sobre o Uso de Drogas pela População Brasileira.

Hart estava acompanhado de representantes do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC) da Universidade Cândido Mendes e do Instituto Igarapé, que desenvolve projetos alternativos para segurança e desenvolvimento. O pesquisador americano também conversou com o diretor do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica (Icict/Fiocruz), Umberto Trigueiros, e almoçou com o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha. Depois, Hart seguiu com o grupo para visitar o Consultório na Rua de Manguinhos, que atende dependentes químicos de crack.

O pesquisador está no Brasil para participar de palestras e divulgar o lançamento de seu livro High Price – um preço muito alto no Brasil. Com ideias consideradas polêmicas, Hart, apoiado em seus estudos, afirma que os problemas sociais, como a pobreza, a falta de educação e o desemprego crônico são fatores mais preponderantes do que o potencial viciante das substâncias químicas. Em entrevista ao site DemocracyNow, traduzida pela revista Carta Maior, o pesquisador afirmou: “uma das coisas que me chocaram foi o fato de ter descoberto que de 80% a 90% das pessoas que usam drogas como o crack ou a heroína não são viciadas".

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