13/12/2022
Cristina Azevedo (Agência Fiocruz de Notícias)
O Seminário Avançado em Saúde Global e Diplomacia da Saúde, organizado pelo Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz) desta quarta-feira (14/12), às 10h, fecha o ano com um balanço de 2022 e trazendo as perspectivas para 2023. Transmitido em português, espanhol e inglês, o webinário não fará apenas um balanço da saúde global, mas também da política internacional, explica Paulo Buss, coordenador do Cris/Fiocruz e moderador deste que será o último seminário do ano.
“A saúde global em 2022 será recordada como uma época de muita retórica e pouca ação”, avalia Buss. “Houve altos e baixos. A pandemia se reduziu um pouco, embora tenha havido picos em determinados países e regiões. Isso fez com que a presença da saúde [no cenário internacional] fosse empalidecendo este ano, ao contrário de 2021, quando esteve em total evidência”.
A análise da Geopolítica Global será apresentada por Andreas Ferrari, professor associado de Economia e Relações Internacionais, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A atuação e os desafios da Organização das Nações Unidas durante este ano e o próximo ficarão a cargo de Santiago Alcázar, pesquisador sênior do Cris/Fiocruz.
O Tratado sobre Pandemias, Saúde Global ou Reforma do Regulamento Sanitário Internacional (RSI) será discutido por Deisy Ventura, advogada e pesquisadora titular da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), enquanto Luiz Augusto Galvão, pesquisador sênior do Cris, abordará o balanço e as perspectivas para a Saúde e o Meio Ambiente. Caberá a Armando De Negri Filho, pesquisador sênior do Cris, analisar a questão dos Direitos Humanos.
Para 2023, Paulo Buss faz análises diferentes para o cenário internacional e para a América Latina no campo da saúde global e da diplomacia da saúde. Se ele não se mostra muito otimista quanto ao cenário global, por outro lado espera uma aproximação entre os países latino-americanos.
“Acredito que a região retome uma cooperação internacional inclusiva e muito cooperativa. Acho que a América Latina possa passar a falar nos grandes eventos internacionais com uma mesma voz e reconstruir a governança na diplomacia da saúde exatamente porque o Brasil está de volta. Não só porque é um país enorme, mas porque deve formalmente retornar à Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), da qual havia saído. Acho que bons ventos virão para a América Latina”, disse.
O seminário Saúde global e diplomacia da saúde: balanço 2022 e perspectivas 2023 será transmitido em três línguas.
Em português:
Em espanhol:
Em inglês: