05/11/2024
Ricardo Valverde (Agência Fiocruz de Notícias)
Pelo terceiro ano consecutivo, a Agência Fiocruz de Notícias (AFN), editada pela Coordenação de Comunicação Social (CCS) da Presidência da Fundação, foi agraciada pelo Prêmio Einstein +Admirados da Imprensa de Saúde, Ciência e Bem-Estar, promovido pelo Hospital Israelita Albert Einstein em parceria com o site Jornalistas&Cia. O prêmio, na categoria Veículo Especializado em Jornalismo Científico, foi concedido na segunda-feira (4/11) e é o terceiro consecutivo que a AFN recebe. Em 2023, a Agência foi premiada na mesma categoria e, em 2022, ficou entre as três agências +Admiradas da Imprensa de Saúde, Ciência e Bem-Estar. A premiação celebra as duas décadas do veículo, já que foi em 2004 que o antigo site da CCS se tornou a Agência Fiocruz de Notícias e se transformou numa referência em jornalismo científico. Em outras categorias, também foram vencedores do prêmio, este ano, a Folha de S. Paulo e o médico e colunista Drauzio Varella. Mais de 280 jornalistas e 176 veículos concorreram em 2024.
Coordenadora da CCS/Fiocruz, Pamela Lang esteve no evento que premiou a AFN (foto: Portal dos Jornalistas)
"Informação qualificada em saúde pode transformar vidas e a Coordenação de Comunicação Social da Fiocruz tem um papel importante na comunicação pública e na defesa do [Sistema Único de Saúde] SUS e da ciência brasileira", afirma a jornalista e coordenadora da CCS/Fiocruz, Pamela Lang, que esteve no evento que premiou a AFN. "Receber esta indicação por três anos consecutivos é reflexo de um trabalho consistente, desenvolvido diariamente por uma equipe comprometida com a divulgação científica e em levar informação para a população brasileira, mostrando o que é feito na Fiocruz".
O prêmio coroa o trabalho da AFN nestas duas décadas, ao divulgar pesquisas, programas e ações da Fiocruz, refletindo a pluralidade que é a Fundação Oswaldo Cruz, presente em dez estados e no Distrito Federal e com um escritório em Maputo, capital de Moçambique. Diversidade que é atualizada diariamente nas páginas do site, por meio de seus editores e repórteres, que produzem conteúdo exclusivo e pautado pelo interesse público.
Revelar, à população brasileira e à imprensa, o que é desenvolvido na Fundação nas áreas de saúde e ciência, tem sido a vocação primordial da AFN. Uma missão que começou há 20 anos, liderada por Christina Tavares e Wagner de Oliveira, na época coordenadora e subcoordenador da CCS, respectivamente.
O site publica, em média, cerca de 1,1 mil conteúdos por ano. Entre estes conteúdos estão reportagens, entrevistas, resenhas de livros, podcasts, artigos de opinião e textos que recuperam momentos importantes da história da Fiocruz e da saúde e ciência brasileiras, consultados a cada dia por jornalistas, gestores, pesquisadores, estudantes e cidadãos em geral.
Em média, 1,7 milhão de páginas da AFN são visualizadas por ano – número que chegou a 3,3 milhões em 2020, quando teve início a pandemia e o site bateu recordes de acessos ao publicar textos qualificados sobre a Covid-19. Naquele ano em que começou a crise sanitária, o número de usuários, que gira em torno de 600 mil, alcançou o 1,3 milhão.
O Boletim AFN, que reúne as principais notícias publicadas na Agência durante a semana e é enviado toda sexta-feira, tem crescido constantemente. Em 2014, ano em que foi lançado, tinha cerca de 400 assinantes, número que quintuplicou e atualmente chega a 2 mil, em sua maioria jornalistas. O Boletim tem cerca de 50 edições anuais, que levam a seus assinantes uma média de 480 sugestões de pautas por ano. Para assinar basta se inscrever gratuitamente.
Pelo terceiro ano consecutivo, a Agência Fiocruz de Notícias (AFN) recebe o Prêmio Einstein +Admirados da Imprensa de Saúde, Ciência e Bem-Estar (foto: Luciano Simplicio)
O reconhecimento da AFN não é recente. Em 2011, a Folha de S. Paulo citou o veículo na categoria Instituições de Pesquisa e Referência que oferecem Informações Confiáveis. E, por dois anos seguidos (2020 e 2021), um estudo realizado pelo projeto Science Pulse e o Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD) atestou que a AFN foi uma das principais vozes da ciência no Twitter (agora X). Em 2020, a AFN ficou como terceira colocada no critério popularidade.
Em 2021, a análise destacou que as conversas e debates sobre a pandemia de Covid-19 entre pesquisadores e cientistas brasileiros no Twitter/X foram marcadas por colaboração e construção de um conhecimento comum – o que diferenciou a rede brasileira do cenário internacional. O estudo sugeriu que a construção colaborativa aconteceu por meio de alto número de respostas, menções e retuítes, especialmente a partir dos 15 perfis mais influentes sobre a doença, o vírus e a vacina. Entre esses perfis, esteve o da AFN (@agencia_fiocruz), que tem hoje 266 mil seguidores. O Science Pulse é uma ferramenta de monitoramento de mais de 1,5 mli perfis de cientistas, pesquisadores, organizações e divulgadores científicos brasileiros no Twitter/X.
Os editores
Nestes 20 anos de existência, a AFN teve três editores: os jornalistas Ricardo Valverde, Renata Moehlecke e César Guerra Chevrand. Eles são unânimes em destacar a importância e a satisfação de terem exercido a função.
"O reconhecimento do site não é recente, mas a possibilidade de celebrar essa premiação pelo terceiro ano consecutivo nos traz a certeza, apesar de todos os desafios encontrados na divulgação científica no Brasil, de que estamos realizando um trabalho de qualidade", afirma a atual editora da AFN, Renata Moehlecke, na função há pouco mais de uma década. "Na AFN, o internauta encontra diariamente as últimas notícias sobre pesquisas, programas e ações da Fiocruz. O esforço coletivo empregado no cotidiano pela Coordenação de Comunicação Social da Fiocruz e demais assessorias das diversas unidades da Fundação faz da Agência uma das principais portas de entrada para a instituição na web. Neste espaço, jornalistas e outros usuários, que buscam informações de qualidade sobre a Fiocruz, têm esse direito de qualquer cidadão e acesso garantidos".
Segundo Valverde, o primeiro editor, e que também editou o antigo site da CCS/Fiocruz, “ter participado da AFN desde o início, há 20 anos, é um fato que muito me honra como jornalista. Nestas duas décadas escrevi, revisei e editei incontáveis textos, participei de coberturas e fiz numerosas entrevistas. Pela AFN eu fui ao Amazonas, ao Ceará, a Pernambuco, à Bahia, a Minas, ao Paraná, a São Paulo e ao Distrito Federal para fazer reportagens. Foram 11 anos à frente do site da CCS e da Agência, de 2002 a 2013, quando passei a ser editor da Revista de Manguinhos, e esta experiência, além da importância de ter contribuído para levar informação de qualidade à sociedade brasileira, tem um valor profissional, e pessoal, incalculável. O imenso volume de notícias positivas geradas por esta potência que é a Fiocruz representa um marco para o jornalismo científico e uma alegria para quem tem o prazer de publicá-las. Agradeço também aos muitos profissionais que passaram pela CCS e pelas unidades da Fiocruz e que colaboraram, com textos e imagens, para que a AFN tenha se tornado o sucesso que é hoje”.
Para Chevrand, "a Agência Fiocruz de Notícias se consolidou ao longo dos anos como o mais potente e importante canal de comunicação da Fiocruz. Em duas décadas de história, e até hoje, tem uma contribuição inestimável para a comunicação do SUS e para a saúde pública brasileira. Foi uma honra ter sido editor do site durante três anos, em parceria com a jornalista e editora Renata Moehlecke, que tanto trabalhou e brilhou pela AFN durante todo este tempo. Lembro com muito orgulho do esforço que fizemos para ampliar o alcance e a relevância da AFN, dentro e fora da Fundação. A missão continua. Que venham outros 20 anos de sucesso!". Chevrand, atualmente na Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), foi editor da AFN entre 2014 e 2017.