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28/09/2015

Pólio é destaque na revista História, Ciências, Saúde

COC/Fiocruz


Nas primeiras décadas do século 20, a poliomielite manifestou-se de forma epidêmica tanto em países ricos quanto nos periféricos, fazendo vítimas fatais e deixando milhares de crianças e adultos paralisados. Na América Latina não foi diferente. Para contribuir com a historiografia ibero-americana sobre a pólio nos tempos modernos, História, Ciências, Saúde – Manguinhos reuniu em um dossiê artigos que abordam a doença e seu enfrentamento em países como Espanha, Cuba, Argentina e Brasil. Coordenado por Adriana Alvarez, da Universidad Nacional de Mar del Plata, Conicet, e Dilene Raimundo do Nascimento, da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), o dossiê Historias de la poliomielitis traz trabalhos de membros da Red de Estudios de la Polio y de la Síndrome Pós-polimielitis en Iberoamerica.

Além deste dossiê temático, destaca-se na edição de HCS-Manguinhos o depoimento do historiador e jornalista Bruno Leal, idealizador do site Café História, grande sucesso entre leigos e especialistas. Leal sublinha a importância de os historiadores divulgarem seus conhecimentos pela internet e analisa os desafios e potencialidades do uso de recursos como redes sociais e vídeos no cenário atual da historiografia. Outro destaque é a fala transcrita de Carlos Fico, coordenador da área de história da Capes, em encontro com alunos e professores do Programa de Pós-graduação em História das Ciências e da Saúde da COC/Fiocruz em junho de 2014. Na seção Debate, Fico discute a prática historiográfica entre os formuladores de políticas e o sistema de pesquisa e pós-graduação.

A edição traz ainda uma seleção de artigos submetidos espontaneamente que tratam dos mais diversos assuntos, como uma pesquisa argentina sobre déficit de atenção e hiperatividade em crianças, deficiência física e o valor da diferença, teorias sobre a propagação da febre amarela na imprensa paulista na virada do séc. XIX, saúde dos escravos, insalubridade do cárcere na Casa de Correção de Porto Alegre de 1855 a 1888, psiquiatria e criminologia na Justiça Penal no Distrito Federal na década de 1930, naturalistas e a iconografia oitocentista e o uso de animais no ensino de ciências biológicas e da saúde. Também convidam à leitura artigos com títulos surpreendentes, como Fome, comida e bebida na música popular brasileira, Ciência e tecnologia nas canções de Humberto Gessinger e O movimento Y?n e Yáng na cosmologia da medicina chinesa.

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