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21/01/2014

Parceria entre Fiocruz Brasília e governo do DF leva cultura para espaços de saúde

Nathállia Gameiro / Fiocruz Brasília


A primeira etapa do Circuito de Ocupação Cultural para Saúde, projeto que resulta de parceria entre a Fiocruz Brasília, Casa Civil do DF, Secretaria de Saúde do DF (SES/DF) e Secretaria de Cultura do DF (Secult/DF), tem atividade marcada já para fevereiro. O projeto piloto tem por objetivo levar atividades artísticas, culturais e educativas para os centros de saúde do DF, hospitais regionais, Unidades Básicas de Saúde (UBS), Centros de Atendimentos Psicossociais (Caps) e para a Fiocruz Brasília.

Por meio das atividades, pretende-se colaborar para a qualificação e humanização dos ambientes de cuidado e mostrar a importância da cultura para a promoção da saúde e da qualidade de vida. De acordo com uma das responsáveis pelo projeto e bolsista do Programa de Educação, Cultura e Saúde da Fiocruz Brasília (Pecs), Ana Schramm, o objetivo é sensibilizar o profissional da saúde para o desempenho de um trabalho mais humanizado, e para que o paciente se sinta mais acolhido no ambiente hospitalar. “A cultura também promove a saúde. Temos que pensar na saúde do trabalhador, na humanização do atendimento e pensar também no paciente”, afirma.

Três circuitos com duração de três meses serão realizados ao longo de 2014. Para a primeira etapa do Circuito foram escolhidos o Hospital Regional de Ceilândia, o Centro de Atenção Psicossocial de Taguatinga (Caps II), o Centro de Saúde 1 de Planaltina e a Fiocruz Brasília. Ao final da primeira edição, outras unidades serão contempladas com a iniciativa.

A abertura das atividades será marcada pela assinatura do Termo de Cooperação Técnica com a presença de autoridades e representantes de cada instituição parceira. Entre as atividades educativas a serem desenvolvidas pelo projeto estão manifestações e apresentações culturais, lançamentos de livros, exposições artísticas, show musical, oficina de confecção de briquedos populares, leitura de cordel, teatro infantil e recital de poesia oferecidos aos pacientes, profissionais da saúde e comunidade acadêmica.

Cultura presente no Centro de Saúde nº1 de Planaltina

Já pensou em chegar a um Centro de Saúde e se deparar com um enfermeiro tocando violão nos corredores? Esta é forma que o enfermeiro Amador Soares Ferreira, 49 anos, do Centro de Saúde nº 1 de Planaltina, encontrou para se aproximar e preparar os pacientes para o atendimento. De acordo com o profissional, o resultado é imediato, “já que a música permite a adesão terapêutica, acalma, retira a ansiedade e ainda relaxa o cérebro para absorver informações”. Além de violão, o enfermeiro também toca gaita, cavaquinho e harpa.

O enfermeiro Amador Soares usa a música para preparar os pacientes para o atendimento (foto: Fiocruz Brasília)
 

Para Amador, a ligação entre a saúde e a arte é essencial. “Não pode haver saúde sem arte, porque você consegue convencer a pessoa a aceitar uma mudança de comportamento, seja definitiva, permanente ou transitória. A música e a arte possibilitam a qualquer indivíduo aceitar a ideia, não pela imposição”, explica. Para ele, ambientes como hospitais e centros de saúde não são lugares só para médicos, enfermeiros, dentistas e psicólogos. “O que a gente percebe é que a saúde precisa da inclusão da arte, ela deve ser pensada no ponto de vista da cultura também”, completa.

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