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13/08/2013

'Patrimônio cultural: valores em risco' é o tema da 3ª Semana Fluminense do Patrimônio, a partir de 17 de agosto


Iniciativa conjunta de várias instituições científicas e culturais, a 3ª Semana Fluminense do Patrimônio tem como objetivo promover e ampliar o conhecimento da população sobre o patrimônio de cada município, em suas diversas formas de expressão. Em sua terceira edição apresenta o tema Patrimônio cultural: valores em risco. Entre as novidades para o público, a 1ª Mostra de Cinema Memória em Movimento, reunindo mais de 50 títulos, com exibições gratuitas na capital fluminense e em Petrópolis. No Rio de Janeiro a mostra será no Centro Cultural Justiça Federal e no Museu do Meio Ambiente, de 28 de agosto a 1º de setembro. Na cidade serrana as exibições ocorrerão entre 17 e 21 de agosto, no Palácio Itaboraí (Fiocruz) e no Museu Imperial. A mostra reúne documentários de curta, média e longa-metragem cujo tema central é o patrimônio cultural brasileiro (música, dança, festas populares, rituais indígenas e afro-brasileiros, arte popular etc), principalmente, o patrimônio material e imaterial fluminense. A programação completa pode ser acessada aqui.

          O Palácio Itaboraí, em Petrópolis.
 

A cerimônia de abertura da 3ª Semana Fluminense do Patrimônio – na próxima sexta-feira (16/8), às 18h, no Centro Cultural Justiça Federal, no Rio – terá como mestre de cerimônia a atriz e cantora Zezé Motta. Na ocasião será exibido o curta-metragem O mestre Adorcino e a técnica do estuque ornamental, uma iniciativa da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) e dirigido por Cristiana Grumbach como parte do projeto Mestres e Ofícios da Construção Tradicional Brasileira. É uma homenagem ao trabalho do mestre que morreu em setembro de 2011 aos 84 anos, depois de 25 anos dedicados à Fiocruz colaborando na restauração dos edifícios históricos da instituição e como instrutor nos cursos da Oficina-Escola de Manguinhos. Petrópolis também receberá, de 23 a 25 de agosto, no Palácio Itaboraí, o principal evento da semana: o 3º Encontro do Patrimônio Fluminense. O objetivo do encontro, que reúne conferências, palestras e debates, é envolver a população na discussão do patrimônio e dos riscos à sua preservação.

A mostra de cinema inclui filmes como O mistério do samba, de Lula Buarque de Hollanda e Carolina Jabor, que retrata o cotidiano e as histórias da Velha Guarda da Portela e a pesquisa da cantora Marisa Monte para recuperar composições das décadas de 1940 e 1950 ainda não gravadas. Outro destaque é a seleção Mestres da arquitetura brasileira moderna, que reúne documentários sobre o arquiteto Oscar Niemeyer e os urbanistas Affonso Eduardo Reidy e Lúcio Costa. A programação da mostra inclui ainda três episódios da série Mesa brasileira, de Ricardo Miranda, que registra a diversidade cultural brasileira a partir da culinária praticada em diferentes regiões do país.

Com patrocínio da Secretaria de Estado de Cultura  do Rio de Janeiro e da Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde (Fiotec), as seguintes instituições participam da  3ª Semana Fluminense do Patrimônio: Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro; Casa de Oswaldo Cruz/ Fundação Oswaldo Cruz; Fundação Casa de Rui Barbosa; Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional; Instituto Estadual de Patrimônio Cultural; Jardim Botânico do Rio de Janeiro; Museu de Astronomia; Museu Nacional/UFRJ. O evento conta ainda com a colaboração do Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde; do Museu Imperial; do Museu do Meio Ambiente; do Centro Cultural Justiça Federal e VideoSaúde Distribuidora, além do apoio da Capes.

Histórico

A cada ano, um tema principal é escolhido para orientar os debates sobre a preservação dos acervos e patrimônio do Estado do Rio de Janeiro, visando incluir a pauta na agenda do governo, da imprensa e da sociedade civil. Instituições de ensino, culturais, governamentais, científicas, grupos e pessoas físicas que integram manifestações culturais de todo o estado podem inscrever atividades e eventos na programação. A ideia é que cada município desenvolva ações voltadas à divulgação dos acervos e à valorização da identidade e memória local.

A iniciativa começou em 2006, quando a Casa de Oswaldo Cruz, unidade da Fiocruz dedicada a preservar e valorizar o patrimônio cultural da saúde, promoveu uma Semana de Patrimônio para despertar na comunidade de funcionários o interesse pela valorização dos acervos culturais e científicos sob sua guarda. A partir de 2011, o evento extrapolou a instituição de origem e passou a ocorrer em todo o estado. Desde então, os temas discutidos ampliaram seu alcance e, em 2012, houve o aumento do número de municípios participantes.

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