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09/11/2016

Projeto de desenvolvimento nacional é tema de debate do Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz

Saúde Amanhã


Em um momento de crise e ruptura, torna-se ainda mais importante pensar estratégias de longo prazo, que sejam debatidas e decididas com a participação da população”. A afirmação é do economista Carlos Gadelha, coordenador do grupo de pesquisa sobre o Complexo Econômico-Industrial e de Inovação em Saúde da Fiocruz. Ele participou, ao lado do cientista político Luis Fernandes, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e ex-presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do debate on-line Desenvolvimento: ideias para um projeto nacional, promovido no dia 26 de outubro pelo Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz (CEE) como parte da série Futuros do Brasil.

Para Carlos Gadelha, a ampla discussão sobre o projeto de desenvolvimento nacional é urgente no Brasil. “Esse debate deve ser feito a partir do diálogo com as ruas e a sociedade, a fim de gerar um novo pacto social. Este é o momento de problematizarmos a política de desenvolvimento social, econômico e de inovação do país, para que possamos avançar em uma agenda estratégica que combine políticas econômicas e sociais. Separar as duas dimensões é um equívoco”, defendeu.

Entre os desafios a serem enfrentados em médio e longo prazo, o economista destacou a imposição de teto aos gastos públicos, prevista pela PEC 55, em tramitação no Senado e em iminência de aprovação. “São necessárias novas perspectivas, capazes de mobilizar a sociedade e impedir que o país fique paralisado ou, o que é pior, que retroceda em relação à base produtiva, à inovação e ao Estado de bem-estar social conquistado pela Constituição de 1988”, avalia.

Para o especialista, é preciso estabelecer pactos sociais e assumi-los de modo transparente. “Ao avançar na discussão estrutural dos sistemas de bem-estar e de inovação, os conflitos ficarão evidentes e nortearão alianças estratégicas e não apenas para a governabilidade”, apontou. Nesse sentido, Carlos Gadelha sugeriu uma inversão de prioridades para a política de desenvolvimento nacional. “Em vez de incentivar empresas automobilísticas, promover políticas públicas para a mobilidade urbana. Em vez de políticas para medicamentos, políticas para o setor Saúde”, exemplificou.

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