01/04/2016
A educação e a música são importantes aliadas no desafio de mobilizar a população para o combate ao Aedes aegypti e aos vírus zika, da dengue e da chikungunya. Pensando nisso, o Ministério da Saúde lançou nesta semana o projeto Crianças contra Zika, usando a música para ampliar os conhecimentos sobre as doenças e formas de prevenção. A ação faz parte do eixo Mobilização e Combate ao Mosquito do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes aegypti e à Microcefalia.
O projeto Crianças contra Zika é formado por uma série de seis videoclipes, com diferentes técnicas de animação e canções elaboradas por músicos brasileiros, que abordam o vírus zika e o combate ao Aedes aegypti, a fim de incentivar crianças e adultos a adotar atitudes contra o mosquito. O material será veiculado semanalmente pelo SBT, como parte da programação infantil, por meio da plataforma SBT do Bem. O canal também irá exibir minidocumentários, contando o processo de criação de cada compositor.
A série será disponibilizada, ainda, nas redes sociais, e as seis canções serão lançadas e distribuídas, posteriormente, em mais de cem serviços de transmissão de música e lojas virtuais, como iTunes, Google Play, Spotify, Deezer e Apple Music.
Os artistas convidados André Abujamra, Zeca Baleiro, Hélio Ziskind, Arnaldo Antunes, Xis, Marisa Orth e Palavra Cantada compuseram e interpretaram as canções, sob a curadoria musical de André Abujamra. Também participa do projeto a cineasta Baboo Matsusaki, que assina a abertura e o encerramento do filme O Menino e o Mundo, indicado ao Oscar 2016, como melhor longa de animação.
(Confira o videoclipe O Odioso do Egito, de Zeca Baleiro)
O diretor de Comunicação Social do Ministério da Saúde, Walter Vasconcelos, explica que o projeto é importante para a mobilização da sociedade contra o Aedes aegypti, a partir da conscientização das crianças. “De forma lúdica, o projeto cumpre um papel significativo de engajamento popular para o combate ao mosquito. É importante despertar essa consciência nas crianças, para que elas adotem as ações de prevenção desde cedo. Além disso, sabemos que elas multiplicam o conhecimento entre os familiares, promovendo uma mudança de comportamento dentro de casa”, avalia. Vasconcellos ressalta que a qualidade artística dos videoclipes faz com que o material tenha grande apelo, também, entre os adultos.
Campanha
O Ministério da Saúde lançou a campanha #zikazero, como parte do eixo mobilização do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes aegypti e à Microcefalia. Com tema “Um mosquito não é mais forte que um país inteiro”, as peças chamam atenção para o cuidado permanente contra o mosquito, inclusive com lista de checagem dos ambientes que podem acumular água parada e servir de criadouro. O reforço da mobilização contou com a realização de mutirões nacionais de combate ao Aedes aegypti, com a participação de vários órgãos do Governo Federal, com participação de estados e municípios.
Outro eixo de atuação do Governo Federal, diante da situação de emergência em saúde, é a promoção do desenvolvimento tecnológico. O Ministério da Saúde anunciou, nesta quarta-feira (23/03), o lançamento de edital para seleção de pesquisas contra o Aedes aegypti e as doenças transmitidas pelo mosquito. Serão disponibilizados R$ 20 milhões para estudos na área do controle do vetor, diagnóstico, prevenção e tratamento.
A previsão do Ministério da Saúde é investir, em quatro anos, um total R$ 258 milhões em novas tecnologias. Até o momento, a pasta já se comprometeu com cerca de R$ 130 milhões para o desenvolvimento de vacinas, soros e estudos científicos para as doenças causadas pelo Aedes aegypti.
A expectativa do governo federal é disponibilizar R$ 649 milhões para investimentos em ações de combate ao mosquito e às doenças relacionadas, diagnóstico, controle vetorial, pesquisas sobre o vírus zika, vacinas, tratamentos e inovação em gestão de serviços de saúde, saneamento e de políticas públicas. Além do Ministério da Saúde, também estão previstos recursos dos Ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação. Haverá ainda mais R$ 550 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) para o desenvolvimento, produção e comercialização de tecnologias.