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27/11/2013

Seminário com especialistas de Brasil e Austrália vai debater a criptococose e implantação de rede


A Fiocruz Brasília promove no próximo dia 29 o seminário A criptococose no Brasil – Implantação da Rede Criptococose do Brasil no Distrito Federal, que abordará aspectos da epidemiologia da criptococose no país e no mundo, e reunirá especialistas do Brasil e da Austrália, de instituições da Fiocruz, Universidade Católica de Brasília (UCB) e da Universidade de Sydney. O seminário pretende ainda estruturar a Rede Criptococose do Brasil no Distrito Federal. A criptococose é uma micose causada pelo fungo cryptococcus, que apresenta duas variedades: neoformans e gattii. A primeira acomete com frequência pacientes com Aids, nos quais, entre 1980 e 2012, 6% dos casos notificados apresentavam a doença, segundo dados do Ministério da Saúde. A segunda variedade, gattii, é endêmica nas regiões Norte e Nordeste e apresenta alta letalidade, entre 35% a 40% dos casos detectados.

Microfotografia de Cryptococcus neoformans

 

A doença não é de notificação compulsória, por isto os dados são dispersos e pouco confiáveis, o que impossibilita estabelecer a magnitude real da doença no Brasil, conforme consta do documento Estudo clínico-epidemiológico da criptococose no Brasil: criação de uma rede integrada de pesquisa multidisciplinar, elaborado pela coordenadora da rede e pesquisadora do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (Ipec/Fiocruz) Márcia dos Santos Lazéra. O organizador científico do encontro em Brasília e pesquisador da Fiocruz Brasília Vitor Laerte Pinto, destaca a importância de a Rede mapear a doença e, assim, suprir a falta de informação permitindo conhecer, de fato, a situação epidemiológica no Brasil.

O evento, gratuito, está com inscrições abertas que podem ser feitas no site da Fiocruz Brasília. O seminário é organizado pelo Programa de Epidemiologia e Vigilância em Saúde da Fiocruz Brasília (Pepivs), Programa de Pós-graduação em Ciências Genômicas e Biotecnologia da Universidade Católica de Brasília (UCB) e pelos Programas de Pós-graduação em Biologia Molecular e em Medicina Tropical da Universidade de Brasília (UnB).

Programação

Participam do seminário o pesquisador Wieland Meyer, da Universidade de Sydney, na Austrália, que ministrará a palestra  Epidemiologia da criptococose e seus agentes no mundo;  o pesquisador Bodo Wanke, do Ipec/Fiocruz, que falará sobre a criptococose no Brasil; André Nicola, da Universidade Católica de Brasília (UCB), que abordará o tema Interações patógeno-hospedeiro na criptococose; Luciana Trilles, do Ipec, que falará sobre métodos moleculares aplicados a epidemiologia molecular dos fungos e Márcia Lazera, que comentará sobre a estruturação da rede.

Rede Criptococose do Brasil (RCB)

Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Ceará, Piauí, Pará, Roraima e Minas Gerais são alguns dos estados onde a RCB atua. Universidades, institutos de pesquisa, hospitais, laboratórios de saúde pública, entre outras instituições, integram a rede. “Esta é uma rede de entrada aberta e outros poderão ingressar, participando deste projeto e de reuniões de RCB, contribuindo tecnicamente ou participando de subpropjetos que estão sendo trabalhados e serão propostos para a rede”, afirma a coordenadora.“Em Brasília, uma das propostas é estimular que as unidades assistenciais – hospitais e postos de saúde - integrem a rede, pois, entre outros métodos de pesquisa, será realizado estudo clínico em hospitais, buscando pacientes com diagnóstico da doença”, explica o biólogo Joaquim Lucas, um dos coordenadores do encontro. Faça aqui a sua inscrição.

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