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02/05/2022

Universidade de Aveiro recebe presidente da Fiocruz

Vilma Reis (de Portugal para a Agência Fiocruz de Notícias)


A Universidade de Aveiro foi a primeira agenda da visita da presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, a Portugal, em 27 de abril, quando foi assinado o adendo ao acordo de cooperação vigente. Nísia estará no país até 4 de maio, com o objetivo de ampliar e estruturar a cooperação interinstitucional da Fundação com instituições de ciência e tecnologia portuguesas. Ela se encontrará também com os ministros da Saúde, Marta Temido; de Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho; e de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato; além da diretora-geral de Saúde, Graça Freitas. No final deste texto, as outras etapas da visita da comitiva da Fiocruz a Portugal.

A presidente Nísia Trindade Lima e o reitor Paulo Jorge Ferreira na reunião na Universidade de Aveiro (Foto: Divulgação Universidade de Aveiro)
 

Na Universidade de Aveiro (UA) Nísia foi recebida pelo reitor, professor Paulo Jorge Ferreira, e pelo vice-reitor, João Filipe Veloso. Ferreira classificou o encontro como um momento de enorme importância prática e simbólica do que se está a construir: “Sinto-me realmente entre amigos. A relação da UA com a Fiocruz, uma instituição de referência no Hemisfério Sul, é uma relação de prioridade elevada. Para nós a área da saúde, e outras próximas e associadas, vai ser certamente a área de crescimento desta universidade nos próximos anos”. 

Ferreira pontuou que a cooperação institucional tem crescido de forma intensa tal como a pesquisa: “Somos uma universidade grande em impacto e grande em ambição e por isso temos parceiros como a Fiocruz conosco. É com boa companhia que se vai mais longe e este protocolo, que hoje reafirmamos, é uma destas oportunidades de se ir mais longe”, comentou o reitor.

Durante a assinatura do adendo de um acordo feito em 2021, para a criação da Plataforma Internacional para a Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, Nísia reforçou o motivo da visita: "O objetivo é ampliar todos os campos de atuação da ciência, tecnologia, inovação e educação. Reitero a importância que esta cooperação tem para nós, com novos desafios na perspectiva da saúde, Brasil e Portugal têm em comum a articulação desses campos científicos articulados com os seus sistemas de saúde universais e poderemos mutuamente desenvolver mais e melhores ações”.

Nísia reforçou a necessidade da retomada brasileira em investimentos maiores para a ciência e tecnologia para pensar o futuro do país: “Nós vemos um sistema de saúde como uma inovação importante no Brasil e sabemos que em Portugal também é assim, pelo o que conhecemos do Sistema Nacional de Saúde (SNS). Ainda sob o impacto profundo da pandemia de Covid-19, precisamos aprofundar os projetos de vigilância e podemos fazer isso numa troca sólida e num aprendizado constante, para além dos conteúdos científicos, mas também pelo modo de se fazer ciência, e Portugal tem tido uma liderança e uma atuação ímpar nesse campo”.

O vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Eduardo Anselmo de Castro, reiterou o apoio à Fiocruz no fomento da agenda científica, mais precisamente no apoio financeiro: “Estamos a trabalhar no ordenamento do território desta região para os próximos anos, em que a saúde é um dos setores mais importantes. Contem com o nosso apoio junto à Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, que é responsável pelo investimento do estrangeiro no país”.

Na comitiva da Fiocruz estavam o vice-presidente de Gestão e Desenvolvimento Institucional, Mário Moreira, a diretora e a vice-diretora do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), respectivamente Tânia Araújo-Jorge e Luciana Garzoni, o diretor do Instituto de Biologia Molecular do Paraná, Pedro Barbosa, e os pesquisadores José Luís Cordeiro, da Fiocruz Ceará, Jorge Magalhães, do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz), e Roberto Ferreira, do IOC/Fiocruz).

Mário Moreira se referiu ao sistema de ciência e tecnologia da Fiocruz, que se conforma com um ecossistema de inovação, aberto, como elemento  importante da cooperação que se afirma na assinatura do adendo  mais ampla que a estrutura da Fiocruz possui: “Temos 18 unidades técnico-científicas, algumas com vocação convergente e outras em áreas diferentes do campo da saúde e o nosso esforço numa cooperação institucional como a que estamos aprofundando hoje aqui em Aveiro é garantir que todo o sistema da Fundação esteja a favor dessa parceria, desde a pesquisa até a indústria. É um arranjo hoje fácil de explicar mas que vem de uma trajetória com 120 anos, o que dá um endosso e reforço institucionais”. 

PICTIS, um dos pontos de partida

No início da tarde, Nísia conheceu a Unidade de Investigação, o Centro de Investigação em Materiais Cerâmicos e Compósitos da Universidade de Aveiro (Ciceco) e o Instituto de Biomedicina (Ibimed). A visita terminou no simbólico espaço da Fundação dentro do PCI - Creative Science Park, um hub de inovação do qual faz parte a Plataforma Internacional para a Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (PICTIS), ponto de partida e ancoragem para projetos de inovação em várias áreas do conhecimento e tecnologias para saúde.

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José Luís Passos Cordeiro, da Fiocruz Ceará, recebeu em nome da plataforma a presidente Nísia: “Esta visita está carregada com um simbolismo institucional e traz uma chancela importante nesse processo de colaboração e de crescimento das unidades da Fiocruz parceiras da plataforma”. Com a assinatura do adendo, as duas instituições formalizam suas participações em comitê de governança da cooperação, espaço estratégico de aprofundamento e acompanhamento dos projetos e atividades estabelecidos no âmbito do acordo em vigor.

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