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13/10/2015

Especialistas falam sobre desastres naturais


Nos dias 15 e 16 de outubro, o seminário internacional Desnaturalização dos Desastres e Mobilização Comunitária: Novo Regime de Produção do Saber reuniu diversos especialistas no campus de Manguinhos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O evento é resultado de um conjunto de reflexões e ações que vêm sendo realizadas compartilhadamente entre academia, organizações e movimentos comunitários que identificam a necessidade de aprofundar com a sociedade a discussão em torno do entendimento mais geral do que é um desastre. 

O desastre na maioria das vezes é visto como uma fatalidade natural, consequência de um evento extremo. Para os organizadores do evento, a desnaturalização do desastre é uma necessidade para reconstrução e recuperação das cidades serranas, compreendendo-a como um processo de nexo sócio-histórico que foi exposto a partir dos acontecimentos ambientais de chuvas, alagamentos e deslizamentos, sobretudo, após 2011. 

A Agência Fiocruz de Notícias (AFN) realizou entrevistas com dois dos participantes. Confira mais informações e links para as entrevistas: 

Palestrante da primeira mesa-redonda do evento, intitulada Formações sócio-históricas e ambientais, João Arriscado Nunes discorreu sobre o conceito de desastre e comenta o mote do seminário, que é a desnaturalização desse tipo de evento, avalia a cobertura da imprensa e aborda a percepção da sociedade a respeito dos desastres naturais. 

O entrevistado é professor associado com agregação da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra/PT, coordenador do Programa de Doutoramento Governação, Conhecimento e Inovação e Investigador Permanente do Centro de Estudos Sociais e integrante do Conselho Editorial das revistas Cadernos de Saúde Pública (Fiocruz) e Ciência e Trópico (Fundação Joaquim Nabuco).

Héctor Alberto Alimonda, que também esteve na primeira mesa-redonda do evento, falou à AFN sobre terremotos, grandes chuvas ou longos períodos de seca e furacões. De acordo com o cientista político, o continente americano é uma das áreas do planeta mais sujeitas a catástrofes naturais. Situação que, segundo ele, é agravada pelas desigualdades sociais.

Alimonda é professor associado da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, pesquisador visitante do Instituto de Investigaciones Gino Germani da Universidade de Buenos Aires e pesquisador II do CNPq. Também é investigador honorário e membro do conselho editorial da Revista Interdisciplinaria en Estudios Sociales, da Argentina e membro do Comitê Científico do Instituto de Estudios Ecologistas de Quito, no Equador.

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