15/06/2016
A Fundação Oswaldo Cruz inaugurou nesta terça-feira (14/6) o novo sistema de refrigeração do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) com representantes da Presidência, Diretoria de Administração do Campus (Dirac), Farmanguinhos e Light.
Em abril de 2015, com o apoio da Dirac, a Fiocruz firmou convênio com a Light que garantiu investimentos em eficiência energética para o Complexo Tecnológico em Medicamentos (CTM) – Farmanguinhos de R$ 3.174.000, que trouxe um benefício calculado em cerca de R$ 679.000. O investimento no CTM incluiu novo sistema de ar condicionado industrial e de conforto que oferecerá maior confiabilidade ao sistema de refrigeração, além de menor custo, o que reduzirá o valor na produção de medicamentos. “Outra vantagem é a preservação do meio ambiente, já que haverá redução do consumo de energia elétrica”, ressalta Paulo Villar, engenheiro eletricista da Dirac.
O projeto cumpriu o prazo de 12 meses que abrangeu um termoacumulador com 21 metros de altura e sete metros de diâmetro para armazenamento de água gelada, além da instalação de um chiller e automação específica de equipamentos voltada para controle energético.
A Diretoria de Administração do Campus da Fiocruz aproveitou a oportunidade da chamada pública de projetos para seleção de propostas de projetos de eficiência energética e uso racional de energia elétrica para integrar o Programa de Eficiência Energética da Light com o objetivo de tornar mais eficientes as instalações da Fiocruz. Em 2010, a Dirac e Fiocruz assinaram o primeiro convênio com a Light, que resultou em economia de aproximadamente R$ 2.290.217,11 (calculado em 2014) com diversas ações no campus Manguinhos, no Rio de Janeiro.
É importante ressaltar que não houve custos para a instituição ou contrapartida. A aplicação de recursos pelas empresas de distribuição de energia em Programas de Eficiência Energética é uma obrigação estabelecida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que cumpre o disposto na legislação federal, em especial a Lei n° 9.991, de 24 de julho de 2000, Lei n° 11.465, de 28 de março de 2007, Lei n° 12.212, de 20 de janeiro de 2010 e da regulamentação emanada da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Resolução Normativa n° 556, de 02 de julho de 2013, ou a que vier substituí-la.
Uso do termoacumulador interligado ao sistema
O chiller, que fez parte do investimento da Light, funcionará durante a madrugada armazenando água gelada no tanque do termoacumulador. Esta será utilizada somente no horário de ponta, onde a energia é 270% mais cara.
O funcionamento será comandado pela automação que desligará as máquinas de refrigeração (chiller e centrífuga), mantendo somente as bombas de água do sistema, passando pelo termoacumulador, que fornecerá água gelada para o sistema de refrigeração.
O tanque tem previsão de 3h de funcionamento diário, podendo no futuro fazer parte de um sistema de controle de demanda, a fim de evitar o pagamento de multas a concessionária de energia.
Transformação na Central de Água Gelada
A Central de Água Gelada (CAG) da área industrial (centrífuga) foi interligada a CAG da área de conforto (Chiller). Com isso, não será necessário o uso contínuo dos dois sistemas, já que a centrífuga é capaz de garantir, na maior parte do tempo, tanto a área de conforto como a área industrial, mantendo o chiller desligado.
No momento em que a centrífuga ficar abaixo de 40% de carga, a automação fará o desligamento desta, e manterá o sistema funcionando com o chiller de menor capacidade, reduzindo o consumo de energia.
A confiabilidade do sistema foi aumentada e os dois chillers juntos passam a ter quase a mesma capacidade da centrífuga, fazendo com que o sistema trabalhe com mais flexibilidade e redundância.
