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23/12/2022

CAS e Fiocruz concluem webinários sobre doenças infecciosas

Ana Paula Blower (Agência Fiocruz de Notícias)


Após quatro webinários, chegou ao fim, na quinta-feira (22/12), a série de encontros virtuais entre a Academia Chinesa de Ciências (CAS, na sigla em inglês) e a Fiocruz de 2022. Nos últimos meses, cientistas das duas instituições se reuniram para trocar conhecimento e debater sobre doenças infecciosas, aprofundando-se nos temas “microbiologia”, “prevenção”, “tecnologia” e “vírus”. Os encontros, resultado de um esforço conjunto para promover a colaboração científica, aprimorar o entendimento mútuo e fortalecer a capacidade nacional em saúde, firmou a parceria entre a Fundação e a CAS e abriu portas para próximas cooperações.

Cerca de 40 cientistas brasileiros e chineses, pesquisadores da Fiocruz e da CAS, fizeram apresentações ao longo dos quatro webinários. Ao final das apresentações, eram realizadas sessões de perguntas e respostas, para aprofundar a troca de conhecimento. Em suas apresentações, trataram de temas como os patógenos, as formas de controlá-los e preveni-los. Os encontros foram transmitidos via Zoom, em inglês. 

Os webinários tiveram sua primeira edição em dezembro de 2021, tendo na abertura a participação da presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, e do vice-presidente da CAS, Zhang Yaping. Na ocasião, Nísia destacou que os encontros eram uma forma de implementação do memorando assinado com a CAS em 2018. Naquele ano, ela e Zhang Yaping assinaram um Memorando de Entendimento (MdE) na sede da Fiocruz, sendo, na época, o terceiro assinado entre a Fundação e instituições chinesas. 

O MdE prevê o intercâmbio de cientistas e de dados, assim como a elaboração de projetos de pesquisa, eventos científicos e artigos em conjunto.

Janela de oportunidades 

Para o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde (VPPIS/Fiocruz), Marco Krieger, os encontros foram uma forma de firmar a parceria entre CAS e Fiocruz e uma janela de oportunidades para futuras colaborações. Ele explica que já há discussões em curso com a China há cerca de quatro anos sobre questões que vieram a se mostrar de extrema importância, como a vigilância em saúde. Diante disso, Krieger cita uma iniciativa já em discussão para a implementação de um centro de vigilância entre a Fiocruz, a CAS e o CDC da China para a troca de experiências. 

“Durante a pandemia, tivemos importantes trocas com a CAS, instituições e empresas chinesas. E os seminários foram uma oportunidade de termos um canal privilegiado com a CAS em áreas em que a Fiocruz também tem protagonismo”, pontua Krieger. “Mesmo com dificuldades logísticas impostas pela pandemia, pudemos manter as interações e abrir para oportunidades futuras nesse campo, principalmente das doenças infectocontagiosas”. 

Ele acrescenta que, em um momento sanitário propício, espera que resgatem a visita física e a ideia de estabelecer o centro conjunto no campo da vigilância epidemiológica e de desenvolvimento de insumos, tanto no Brasil quanto na China, de forma coordenada. “Assim poderemos ter missões mais direcionadas, capacidade maior de identificação de potenciais áreas em comum que podem ser objeto dessa iniciativa conjunta”, explicou ele.

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