Início do conteúdo

13/03/2019

Simpósio discute a digitalização de acervos e ampliação de acesso

COC/Fiocruz


Nesta quinta-feira (14/3), a Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) promove o simpósio Experiências em digitalização de acervos: a cooperação como estratégia para ampliação do acesso. Desdobramento do acordo de cooperação firmado em 2017, entre a COC e o Science Museum Group (SMG), rede de cinco museus dedicados à história da ciência, medicina, tecnologia, indústria e mídia, em diferentes cidades do Reino Unido, o simpósio terá tradução simultânea e transmissão via web. O evento conta com o apoio do British Council, organização britânica que promove ações na área da cultura, educação, esportes e língua inglesa. 

Durante a programação, uma mesa redonda vai reunir Miguel Arellano, coordenador da Rede Cariniana do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibicit), para abordar a experiência da rede de preservação digital de documentos eletrônicos no Brasil, e Adrian Hine, coordenador de digitalização de acervos do Science Museum Group, que vai compartilhar os desafios do processo de digitalização de mais de 300 mil itens desse acervo.

Em 2015, o SMG recebeu verba governamental para transferir mais de 300 mil itens do acervo instalado na Blythe House, em Londres, para o Centro Nacional de Acervos na cidade de Wilstshire, com o objetivo de melhores condições de armazenamento e ampliar o acesso à coleção. O fato gerou a oportunidade de promover a digitalização do acervo, que reúne itens relativos à ciência, informação e comunicação, tecnologia, engenharia e medicina, nas mais diversas formas – objetos frágeis, volumosos, pesados, perigosos – e tipos de armazenamento – estantes, gavetas, armários, caixas, montados na parede ou no teto.

Além do simpósio, durante a semana, Hine vai participar de reuniões e de uma série de visitas técnicas a diversos acervos sob a guarda da Fiocruz e de outras instituições localizadas no Rio de Janeiro. As atividades têm o objetivo de fornecer elementos para a revisão do Manual de Digitalização de Acervos da Fiocruz, parte integrante da Política de Preservação dos Acervos Científicos e Culturais da Fiocruz, publicada em 2018, que institucionaliza o projeto Preservo. O manual possui diretrizes que orientam, entre outras medidas, sobre procedimentos pré e pós digitalização, equipamentos, sistemas de armazenamento e classificação mais adequados às diferentes tipologias de acervo.

Para Marcos José Pinheiro, vice-diretor da COC, o evento demonstra a diversidade de ações possíveis a partir da cooperação estabelecida com o Science Museum Group. “Inicialmente pensada a partir da Requalificação do NAHM e da divulgação científica, a cooperação permite também intercâmbios de experiências em áreas como a de preservação do patrimônio cultural, de digitalização e de ampliação ao acesso a acervos”.

Preservo: Complexo de Acervos da Fiocruz

Institucionalizado em 2016, com a aprovação da Política de Preservação dos Acervos Científicos e Culturais da Fiocruz , o Preservo é coordenado pela COC/Fiocruz, e se constitui como um elo formulador, orientador, e consultivo para a conformação de uma rede interinstitucional entre as unidades que detêm acervos na Fiocruz. Para isso, estabelece políticas e infraestrutura para ampliação ao acesso e para a preservação e gestão do patrimônio científico e cultural na Fiocruz, com base no acesso à informação, na preservação e conservação da biodiversidade, na gestão da qualidade, na conservação preventiva, na conservação integrada, na gestão de riscos, na educação patrimonial, na pesquisa, e no desenvolvimento tecnológico.

Entre os acervos em processo de digitalização pelo Preservo estão o acervo de Obras Raras da Biblioteca de Manguinhos (século 17 ao 19) e parte da coleção entomológica de mais de cinco milhões de espécimes do Instituto Oswaldo Cruz, que deram origem à exposição Insetos Ilustrados, que ocupou o Castelo da Fiocruz até o início de 2019. 

Confira a programação do evento

Voltar ao topo Voltar