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10/09/2013

VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz completou 25 anos

Daniela Muzi


No dia 20 de maio de 1988, foi criado o Núcleo de Vídeo ligado à Coordenadoria de Comunicação Social, a partir do interesse da Presidência da Fiocruz, representada por Sergio Arouca, em começar a implantação um acervo de referência e a produção de vídeos em saúde. As discussões da 8ª Conferência Nacional de Saúde, ocorrida em 1986, e o debate das relações entre saúde e democracia ressoavam. Eram tempos de redemocratização do Brasil, pré-constituinte e movimento em prol da reforma sanitária.

Com sete fitas iniciais, o Núcleo de Vídeo transformou-se em VideoSaúde – Distribuidora da Fiocruz, integrando-se ao Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict), com mais de sete mil títulos no acervo à disposição da sociedade. A atuação, num primeiro momento enfatizada na identificação e distribuição de produções audiovisuais em saúde, diversificou-se e hoje se volta também para a preservação, produção, ensino e pesquisa audiovisual.

Com 4.021 usuários cadastrados, a VideoSaúde atende pedidos de todo Brasil. No primeiro semestre de 2013, realizou 1.205 cópias. Dengue e história da saúde estão entre os assuntos mais procurados. Os títulos disponíveis podem ser consultados on-line pelo Banco de Recursos Audiovisuais em Saúde (Bravs) disponível na página da Distribuidora. Para facilitar o acesso e distribuição das obras, a VideoSaúde conta também com a estrutura de nove videotecas distribuídas em cinco estados, que disponibilizam os vídeos na modalidade de empréstimo.

A produção audiovisual também se desenvolveu. Os registros institucionais foram dando espaço a parcerias onde expertise na produção e distribuição audiovisual e conhecimento em saúde são integrado. O resultado são experiências como os documentários sobre saúde do trabalhador, que serão lançados pela Distribuidora no segundo semestre: Nuvens de Veneno, Linha de corte e Paracoco – endemia brasileira.

Na linha de fomento, a VideoSaúde promove editais de financiamento à produção de vídeos para produtoras independentes por meio do Selo Fiocruz Vídeo, marca de difusão de audiovisuais em saúde. O concurso terá nova edição prevista para este ano e irá contemplar ao todo cinco projetos de curta e média duração nos gêneros de animação e documentário, voltados para temáticas de interesse da saúde pública. “A importância do Selo Fiocruz Vídeo é estimular e dar espaço para outras vozes falarem da saúde”, destaca Tania Santos, coordenadora da Distribuidora. As produções vencedoras passarão a integrar o acervo da Fiocruz para distribuição e difusão gratuitas, por meio da VideoSaúde – Distribuidora da Fiocruz, e para comercialização, a preço de custo, pelo selo de distribuição Fiocruz Vídeo, pela Editora da Fiocruz.

Com o avanço das tecnologias de imagem em movimento e a necessidade de ampliação do acesso à informação, o futuro é a principal preocupação ao completar 25 anos. A Distribuidora está desenvolvendo dois projetos, de longo prazo, no âmbito das tecnologias digitais - o Projeto de Digitalização da VideoSaúde, prevê a digitalização do acervo, tornando-o independente do formato de mídia; e o Projeto de Restauração, que irá recuperar a imagem e o áudio de títulos já degradados pelo tempo e cujo acesso está comprometido pela obsolescência dos formatos audiovisuais. Este o caso de registros históricos da 8ª Conferência Nacional de Saúde e do Massacre de Manguinhos. “Esperamos que, ao longo dos anos, a VideoSaúde vá se renovando, permitindo que suas estratégias de comunicação – construídas por meio do diálogo e da pluralidade de vozes – continuem contribuindo para maior integração entre os processos de produção e disseminação, retratando uma saúde pública garantida pelo Estado”, planeja Tania Santos, para os próximos 25 anos.

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