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01/04/2007

Luís Rey

Em família

Fernanda Marques


A viagem de ida para a França já havia sido uma festa: a bordo de um navio durante mais de 15 dias, fez amizade com outros bolsistas brasileiros, como a geógrafa Dora Wanderley, pernambucana que morava no Rio de Janeiro, onde trabalhava na Fundação Getúlio Vargas. Rey e Dora tornaramse grandes companheiros e já estavam noivos quando retornaram ao Brasil. Casaram-se em uma cerimônia civil, em 1950. Hoje, moram em Ipanema, em meio a centenas de livros e objetos de decoração trazidos de diferentes partes do mundo.

           À esquerda, Rey e Dora, na fila para entrar no Louvre. Foto: Arquivo pessoal.
 

O casamento só aconteceu quando Rey arrumou emprego. Foi trabalhar na Divisão de Organização Sanitária do Ministério da Educação e Saúde, no Rio. Mas aquele não era o serviço dos sonhos. Por isso, aceitou o convite do professor Samuel Pessoal para atuar, inicialmente, como professor assistente substituto na cadeira de parasitologia da Faculdade de Medicina da USP, onde, em 1961, foi aprovado no concurso para livre-docente.

Na pesquisa, o foco de Rey eram os inquéritos epidemiológicos: ia a campo conhecer os problemas e compreender o porquê das doenças. Em 1958, estudantes pediram que ele os acompanhasse em um inquérito no Mato Grosso, durante as férias. Batizada de Primeira Bandeira Científica da Faculdade de Medicina da USP, a excursão foi um sucesso.

Em 1959, Rey – com toda a família no carro – orientou os alunos em outra bandeira científica, em Pernambuco. Já em 1962, o destino foi o Rio Grande do Sul. “Até a sogra ele levou para o sul. Minha mãe, as crianças e eu ficamos na praia de Torres enquanto eles faziam as pesquisas”, recorda Dora.

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