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21/05/2018

Fiocruz organiza espetáculo surpresa no centenário do Castelo

Haendel Gomes (COC/Fiocruz)


Imagine a cena: durante uma visita ao Castelo da Fiocruz, você se depara com uma Conferência Sinistra envolvendo a febre amarela, peste bubônica e a varíola, doenças responsáveis por milhares de mortes no início do século 20, quando Oswaldo Cruz germinava aquela que ser tornaria uma das instituições de saúde pública mais respeitadas do mundo. O espetáculo aborda os males dessas enfermidades e revela o medo em torno das medidas de prevenção adotadas para combatê-las. Essa é uma das surpresas do Museu da Vida da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) na programação especial que comemora os 100 anos do Castelo. As apresentações ao público - sem aviso prévio - serão promovidas uma ou duas vezes por mês, a partir de maio, quando a instituição completa 118 anos. A ideia é surpreender quem visitar o aniversariante centenário. (foto: Divulgação)

De acordo com o coordenador do Serviço de Visitação e Atendimento ao Público do Museu da Vida, Héliton Barros, o pontapé inicial da comemoração do centenário do Castelo foi a exposição Insetos Ilustrados, que, desde fevereiro, reúne diferentes acervos da Fundação. Os livros da seção de Obras Raras (Icict/Fiocruz), a Coleção Entomológica (IOC/Fiocruz) e os objetos museológicos (Museu da Vida/COC/Fiocruz), incluindo o formigueiro usado por Oswaldo Cruz para estudar esses insetos, fazem parte da mostra. Ela ocupa a sala 308 e o salão de leitura da biblioteca, no terceiro andar do Castelo. Além de valorizar os acervos da Fiocruz, também é uma homenagem à ilustração científica. Fica em cartaz, gratuitamente, até janeiro de 2019. 

Héliton chama atenção para a inclusão social dessa iniciativa. “Os painéis possuem audiodescrição e detalham minuciosamente o conteúdo, tanto de texto quanto de imagem. Já a parte audiovisual acompanha tradução em libras, que é a língua brasileira de sinais. Desta forma, toda a experiência favorece a inclusão de pessoas surdas ou que não enxergam”, ressaltou. As viagens no Trenzinho da ciência estão garantidas na programação especial.

Exposição Insetos Ilustrados reúne diferentes acervos da Fundação (foto: Divulgação)

 

Outra ação importante que marca o centenário são as visitas guiadas ao terraço da construção, com direito a selfie. Em cerca de 24 horas, as 180 vagas oferecidas para a atividade foram preenchidas. A iniciativa visa mostrar ao público interno uma área normalmente menos acessível do edifício, valorizando o símbolo da Fundação. 

Até julho, o Castelo também abriga a exposição ABC e Saúde - As cartilhas do Serviço Nacional de Educação Sanitária, na sala 307, que contextualiza uma série de cartilhas do Serviço Nacional de Educação Sanitária (SNES). Foram publicadas nas décadas de 1940, 1950 e 1960, que eram distribuídas em escolas e para o público em geral. Sempre abordando um tema ligado à saúde pública, as cartilhas traziam ilustrações divertidas e textos rimados para divulgar orientações sobre prevenção de doenças, como tuberculose e varíola.

 As exposições permanentes dedicadas a Oswaldo Cruz e Carlos Chagas, a coleção de insetos da Sala Costa Lima, parceria com o IOC/Fiocruz, também estão na programação que comemora os 100 anos do edifício, originalmente chamado Pavilhão Mourisco. O prédio foi inspirado no estilo neomourisco, projetado pelo engenheiro-arquiteto Luiz Moraes Júnior. O português conheceu Oswaldo Cruz durante viagem de trem ao subúrbio do Rio de Janeiro, onde trabalharia em obras na Igreja da Penha. A amizade se fortaleceria e resultaria em outros projetos arquitetônicos na antiga Fazenda de Manguinhos. Mas, isso é outra história. (foto: Divulgação)

Serviço
Museu da Vida (museudavida.fiocruz.br)
Atendimento ao público
De terça a sexta-feira, das 9 às 16h30
Sábado: de 10h às 16h
Entrada: grátis
Endereço: avenida Brasil, 4365, em Manguinhos
Agendamento
Telefone: (21) 2590-6747 
E-mail: recepcaomv@coc.fiocruz.br

25/5/2018.

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